Alex nasceu em Londres há uns 30 anos atrás e cresceu em contato direto com o jazz e o blues que seu pai tanto ouvia. Isso influenciou todo o seu desenvolvimento musical, inclusive levando-o a aprender a tocar trompete e bateria, embora ele realmente tenha se focado no piano e no violão autodidatas, além de escrever seu próprio material e tocar em lugares de “open mic” (ou seja, microfone aberto, lugares em que qualquer um pode cantar e tocar o que quiser para quem estiver lá para ouvir). Apesar de sempre ter querido a música como carreira, Alex decidiu correr atrás também da gastronomia como uma “rede de segurança”.
Com uma demo, conseguiu assinar com a Universal Island do Reino Unido, e lançou seu primeiro álbum, The Lateness of the Hour, em julho de 2011. Mas foi só um ano depois, com o lançamento do single “Too Close”, que o CD deslanchou nas paradas.
The Lateness of the Hour traz uma mistura intrínseca de soul, rock alternativo, dubstep, “drum and bass” e eletro, tudo contribuindo para uma sonoridade interessante e eclética, embora sem perder a identidade do álbum. O single de estreia, “Up All Night”, também a faixa que abre o CD, é bem entrelaçada com o rock indie, mas se confunde com o pop que acompanha a maioria dos lançamentos desse gênero, hoje em dia. A faixa seguinte, “Treading Water”, é bem mais eletrônica e pop e têm uma batida dubstep mais óbvia. Já “Relax My Beloved”, apesar da instrumentação fortemente eletro, traz uma enorme influência do blues e arranjos de corda ao fundo que, apesar de destoarem completamente do resto da música, acompanham o “blue-eyed soul” que Alex passa na voz e acabam se encaixando na loucura sonora da canção. Em seguida, temos “Too Close”, o single que mostrou Clare ao mundo; obviamente, nessa fase “somos loucos por dubstep” em que a indústria musical está, hoje em dia, foi esse o aspecto que levou a canção ao topo das paradas. Mas “Too Close” é muito mais que isso, com todo um pano de fundo soul e indie, principalmente quando se leva em conta os vocais e os violões que marcam presença na faixa.
Espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu ou mais até, se você gostar bastante de música eletrônica e dubstep (cujo uso moderado eu respeito). Apesar de toda a minha reclamação sobre as batidas, o álbum ainda é MUITO bom e merecedor de pelo menos uma ouvida.
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