1 de abril de 2013



OLÁ PUTADA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Cá estou eu, ainda sob efeitos colaterais do Lolla (aka empolgação sem fim e dores pelo corpo mais sem fim ainda), pronta e ansiosa pra compartilhar com vocês o primeiro post da cobertura que o WLN fará sobre o festival ^___^
É só você clicar no "Continue lendo" que eu transportarei você para os meus causos sobre o primeiro dia de Lollapalooza, o fatídico e abençoado 29 de março. Amém.

VEM COMIGO

Tudo começou há um tempo atrás na ilha do soooooooooool, quando eu parei, peguei no compasso e refleti. Pensei com meus botões que esse ano eu não ia ficar em casa, especialmente com vários amigos meus indo pro Lolla e com o The Killers, uma das minhas bandas preferidas de todos os tempos, sendo a principal atração de um dos dias do festival. Decisão tomada, comprei o ingresso do sr. Varoto, que gentilmente guardou o dele pra mim (BRIGADA VAROTO CÊ É UM ANJO) e um lugar numa excursão da minha cidade que iria para o Lolla - já que eu infelizmente só ia em um dia do festival e não tinha dinheiro pra uma estadia mais longa em São Paulo com meus companheiros, risos. 
Isso, gente linda, cês num leram errado: eu fui de EXCURSÃO, ou seja: oito horas numa van até SP, um dia inteiro no Lolla e, logo depois, mais oito horas dentro da mesma van, direto pra minha cidade. Mais sangue nos zóio do que eu esse fim de semana num teve.
Mas indo ao que interessa: finalmente sexta-feira chegou, e eu em SP também, logo de manhãzinha. Deu pra cochilar umas cinco horas durante a viagem, mas parecia que eu estava ligada numa tomada de tanta empolgação interna - por fora, porém, eu fingia estar um poço de calma, fria e calculista, esperando serenamente a hora d'eu poder berrar, cantar, dançar.

por dentro, euzinha tava assim

Fiquei na fila com alguns amigos meus até mais ou menos umas 11h, que foi quando os demais integrantes deste humilde blog me encontraram e nós partimos para almoçar. Comemos feito uns porcos (pelo menos até onde nosso bolso permitiu) e voltamos pro Jockey Club. Entramos no Lolla (mal consegui surtar por isso porque minha ficha demora a cair, tadinha) a tempo de assistir o que seria o nosso primeiro show do dia - o da banda Holger, que a Bells disse que era boa (pra variar, ela tava certa). Logo de cara, eu já notei duas coisas lindimais sobre o Lollapalooza: os shows são PONTUAIS e em alguns deles tinham intérpretes em libras traduzindo as letras das músicas pra plateia. Um amor sem fim. (fotoca aí ao lado é da nossa Gabi, aka Zuda)

Logo em seguida, eu, Isoca e Zuda caminhamos até o outro lado do festival e assistimos de longe, sentadinhas, o show do Agridoce. Achei gracinha, mas quase cochilei junto com a Zuda na grama - nada contra vocês, Pitty e Martin, é que eu ainda tava sentindo uns efeitos colaterais da viagem e o som de vocês parecia que tava colocando um travesseiro embaixo da minha cabeça e uma coberta em cima de mim. Aiai.

Passado esse estupor sonolento, foi a vez de correr pro outro lado e afundar o pé em várias poças de lama pra ver os LINDOS do Of Monsters and Men, banda que já vinha me cativando fazia tempo e que, ao vivo, me deixou completamente apaixonada. Eles estavam visivelmente encantados com a plateia, e nem a chuva fez alguém arredar o pé de lá e sair do coro que acompanhou a banda fielmente durante o show. Amei, amei, amei muito, quis colocar todos os integrantes num potinho e fiquei especialmente emocionada ao ver/ouvir minha música preferida deles, King and Lionheart. Deu aquela sensação delícia de estar exatamente no lugar que eu queria estar. (a imagem ao lado é da página oficial da banda, e registra o momento que a vocalista, Nanna, desceu pra perto da plateia).

LINDOS CASEM COMIGO (x)

Depois desse amor em forma de show, foi o momento d'eu vagar com parte do pessoal pelo Jockey, sentindo a lama encharcar os meus pobres tênis (lembrando que só tinha eles e iria viajar usando-os por oito horas depois do Lolla, risos) e trocando pilapaloozas por água e refrigerante. Vou pular a parte dos banheiros químicos por motivos óbvios, mas quoto Zuda: JÁ VI PIORES

"Assisti" o show do Cake sentada num puff em uma das áreas que mais me apeteceram no Lolla. Espia que coisa maravilhosa:
 (x
ABENÇOADAS SEJAM AS CRIATURAS QUE PENSARAM E CRIARAM ESTA ÁREA. SABIAM QUE VOCÊS JÁ TEM LUGAR NO CÉU E NO MEU CORAÇÃO, BÊJO FELIZ PÁSCOA

A ideia inicial era assistir no meio da multidão o show do Cake, mas preferi descansar o corpo pra me preparar pra verdadeira cruzada da noite, que seria ficar perto do palco no show do Killers. Mas pelo o que eu ouvi e vi pelos telões, Cake é uma ótima banda (confesso que não conhecia mais de duas músicas deles, mas agora vou correr atrás -- taí outra coisa boa de festivais, aliás. Você conhece e se empolga com bandas maravilhosas). E de onde eu tava ainda dava pra dar uma espiada na roda gigante, que eu pequei por não ter ido. Foto aí ao lado é minha, mesmo.


Pouco antes de começar a peregrinação pro show que eu mais esperava, eu, Laura, Ash e Pedro ficamos na fila do stand da Chilli Beans pra ganharmos uma caricatura nossa. O artista era um primor só - bastou ele me dar umas duas olhadas pra me rabiscar rapidinho, em menos de cinco minutos. Olhem só a minha gêmea, bem mais adorável que eu:

É NÓIS, XANDÃO

Pouco depois, me reuni com as senhoritas deste blog e elas me alertaram que, se eu quisesse VER o palco do Killers, eu teria que ir andando pro meio da multidão, já. Era por volta de 19h30, o show começaria 21h30 e a banda que tocou antes deles ainda estava se apresentando (The Flaming Lips, que eu não tive oportunidade de acompanhar, só ouvi relatos de que foi um show BENDOIDO, SÔ).
Depois do aviso das minhas companheiras, peguei minhas trouxinhas, me despedi delas - foi tipo ir pra guerra, o que nem é um exagero, se vocês lembrarem como é ficar na frente do palco junto com um monte de fãs sedentos -, estoquei minha pobre bolsa com água e fui atrás do meu maior objetivo do dia. Depois de meia hora me esgueirando entre pessoas, achando espaços vazios, me contorcendo pra passar por lugares quase impossíveis e desviando de pessoas sentadas no chão, finalmente consegui estacionar em um lugar perfeito, de onde eu conseguia ver o palco perfeitamente com meus próprios olhinhos e também enxergar o telão. Lembrando sempre que, por ser alta, eu já tenho uma vantagem natural nessas horas (desculpa, gente mais baixinha, mas cês sabem que num é mentira). 
Eu mal cheguei lá (eram por volta das 20h) e já tinham começado a arrumar o palco. Quando colocaram o raio característico do show do Killers, a plateia aplaudiu e gritou feito louca, e eu tentei tirar essa foto aí do lado, com zoom e toda tremida porque eu mesma tava tremendo de empolgação (juro. ó o estado da menina, minha gente). Pela uma hora e meia que se seguiu eu fiquei lá, em pé, bebendo aguá, alongando, tentando controlar o nervosismo e ajudando um cara do meu lado que desmaiou no chão dez minutos antes do show (friendly advice: não fumem maconha se vocês tiverem passado o dia inteiro num festival, mal comendo direito, estiver a poucos minutos do show principal e rodeado por milhares de pessoas, numa atmosfera meio sufocante. Tá? Tá). 

Finalmente chegou a hora.

Mal deu pra ver as silhuetas dos membros da banda chegando - o que mais foi notável foi o Ronnie sentando na bateria, e minha ficha foi começando a cair, lentamente - antes de tudo mudar completamente com os primeiros acordes de MR. FUCKING. BRIGHTSIDE.

Eu viro outra pessoa durante os shows de bandas que eu amo, gente, juro. Eu, uma das pessoas mais preguiçosas da região, nessas horas não fico cansada, não canso de gritar, não ligo de pular, de jogar as mãos pro alto e balançar até não poder mais. E com Mr Brightside não foi diferente, mas de uma certa forma, se destacou dos outros shows que eu já fui. Foi o começo mais elétrico que eu já experimentei - foi a primeira vez em muito, muito tempo, que eu senti que pertencia naquele momento e que eu lembraria daquilo pelo máximo de tempo que a minha memória permitisse. Eu mal tava acreditando que tava aquela banda ali na minha frente, ao alcance dos meus olhos, e ao mesmo tempo não tinha como computar essa informação porque cada energia que eu tinha tava focada em sentir a música.

Eu comecei a ficar emocionadinha ao ver a empolgação do Brandon. Ele não parava de sorrir (aliás, foi assim o show inteiro; quase derreti de amores, dava até pra sentir o sorriso dele cantando as músicas) e teve um momento na música, antes dele gritar "SÃO PAULOOOOOOOO", que ele deu um meio abraço no Dave e fitou a multidão, deslumbrado, como se num tivesse acreditando naquilo tudo. Aquilo me tocou duma forma. Sei lá, esse encantamento dele, com uma cara de criança na manhã de Natal, me passou uma humildade e carinho tão grandes que, quando começou a segunda música - Spaceman! - eu já tava emocionalmente em frangalhos (but in a good way, I swear). Me chamem de piegas, de brega, de manteiga derretida, mas eu chorei no primeiro coro da música. De felicidade, mesmo. Ninguém além do pessoal aqui de casa (que tavam vendo o show pela tv e se emocionando junto, esses lindos) sabe o quanto eu ouvi as músicas deles e principalmente o quanto eu vi e revi shows do Killers por anos, várias e várias vezes, porque me cativa e me acalma duma forma sem igual. E, de alguma forma, em Spaceman começou a cair a ficha que eu finalmente estava ali, na plateia; eu era parte daquilo, agora era a minha vez, finalmente eu podia cantar e me emocionar junto ao mesmo tempo que eu via todos da banda em carne e osso ali, pertinho, com meus olhos. É uma sensação de realização tão grande, e ver principalmente o Brandon emocionado com a plateia deixou eu me sentindo ainda mais completa. Foi, de coração mesmo, uma das melhores emoções que eu já senti, e que com certeza eu vou guardar com o maior carinho possível.

Pra não estender mais o post, que já ta enorme, vou tentar passar procês de uma forma rápida e sincera o que foi esse show (embora não tenha explicação, sério) através do setlist dele. 

Mr. Brightside 
AH MEU DEUS DO CÉU SÓ PODE SER BRINCADEIRA COMIGO
Spaceman 
SOCORRO
The Way It Was
DURANTE ESSA MUSICA QUE O BRANDON FALOU AS FATÍDICAS FRASES "OI SÃO PAULO! NÓS SOMOS THE KILLERS, E ESTA NOITE SOMOS TODOS SEUS" EM PORTUGUÊS MESMO E É CLARO QUE EU QUASE PADECI NA PLATEIA 
Smile Like You Mean It
ALGUÉM ME ABRAÇA
Miss Atomic Bomb 
É CLARO QUE I WILL MISS YOU WHEN YOU'RE GONE, THE KILLERS, PELAMOR
Human 
EU SOU HUMAN EU SOU DANCER EU SOU O QUE VCS QUISEREM AAAAAAAAH
Somebody Told Me 
VOLTEI A SER PRÉ-ADOLESCENTE ALGUÉM ME SEGURA NÃO SEI MAIS PARAR DE PULAR
For Reasons Unknown 
ENLOUQUECI NESSA MÚSICA SIM OU CLARO
MY HEART DONT BEAT THE WAY IT USED TOOOOOOOOOOOO
From Here On Out 
ESTOU ATÉ AGORA PROCURANDO A SANIDADE ANTERIORMENTE PERDIDA
A Dustland Fairytale 
A MÚSICA MAIS EMOCIONANTE DE TODAS CHOREI UNS BALDES D'ÁGUA TOMARA QUE ELAS TENHAM REFRESCADO AS PESSOAS À MINHA VOLTA
Read My Mind 
AHHHHHHHH MAS SE VOCÊS PUDESSEM LER MINHA MENTE GENTE QUE LOUCURA
Runaways 
SIM NÓS SOMOS TODOS RUNAWAYS MAS POR FAVOR NÃO VÃO EMBORA EU NÃO QUERO QUE AMANHÃ CHEGUE
All These Things That I've Done 
I'VE GOT SOUL BUT I'M NOT A SOLDIER PORRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
This Is Your Life 
AND THE SKY IS FULL OF DREAMS AND YOU DON'T KNOW HOW TO FLYYYYY POIS EU NEM LIGO HOJE O THE KILLERS TÃO NA MINHA FRENTE E ELE É TODO NOSSO
Jenny Was a Friend of Mine 
OHHHHHHHHHHHHH COME ON OH COME ON OH COME OOOOOOOOOOOOOOON
When You Were Young 
EU NÃO TENHO NEM _________pALAVRAs_____________
COMEÇOU A CHOVER NO FINAL DA MÚSICA E EU PODIA SENTIR A MINHA ALMA SENDO LAVADA E EU AMEI ESSE MOMENTO MAIS QUE TUDO NA VIDA E EU QUERO VOLTAR PRA ESSE DIA E CAIRAM COISAS BRILHANTES NO AR E UMA DELAS CAIU NO MEU ROSTO AAAAAAAAAAAAAAAAAAH

SEGUREM ESSA FOTO QUE EUZINHA TIREI SEM ZOOM NENHUM PELAMORDEDEUS

E é pretty much isso aí. Meu dia ainda foi coroado com mais lama, despedida dos meus amores desse blog, encontro com uma amiga de SP que eu esperei anos pra conhecer... Eu tava tão, mas tão feliz que nem a viagem de oito horas de volta pra minha terra tirou meu sorriso do rosto.


Aliás, ele tá aqui até agora.




Câmbio e desligo.



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