Nossa, migos, que saudade que eu estava de vir aqui e compartilhar algo com vocês. Mas sem choro que voltei linda pra agraciar sua tarde de domingo com um assunto fresquíssimo, ocorrido na quinta-feira dessa semana que acabou ontem.
Não sei se cês curtem a gente no Facebook (se não curtem, pois é bom que curtam), mas um mês e pouco aí pra trás, a gente postou que existia uma possibilidade de o Paul Banks, vocalista do Interpol, uma das minhas bandas preferidas da vida, vir com sua turnê solo pro Brasil.
Como funcionava? A PlayBook, em parceria com o Jack Daniels e o Club NME pagariam a metade do que era necessário pra trazer o show e o resto ficaria a cargo dos fãs: seria preciso que duzentas e cinquenta pessoas comprassem o ingresso reembolsável no valor de duzentos reais. Se essa meta fosse alcançada, o show aconteceria e essas primeiras pessoas receberiam um valor proporcional ao lucro dos ingressos vendidos à parte. Se fossem vendidos 280 inteiras, essas primeiras pessoas receberiam seu dinheiro todo de volta. Mó foda, né? Eu, psicopata, fui lá e comprei o ingresso reembolsável. Tenho dinheiro? Não, mas tamo aí. E aí veio a confirmação de que sim, no dia 14 de março de 2013, Paul Banks viria ao Brasil para uma apresentação única e eu estaria lá.
Bem, chegou quinta-feira passada, pego o ônibus de 10h30 aqui em Juiz de Fora com destino a São Paulo, chego às 18h45 (É MUITO AMOR MESMO, NÉ? PQP). Vou pra casa do meu tio, tomo banho e vou pro Cine Joia, onde aconteceria o show. Você amigo juizforano provavelmente já foi ao Muzik. O Cine Joia é tudo o que o Muzik quer ser quando crescer. Lá é simplesmente incrível: não é muito grande, mas é espaçoso, ninguém precisa ficar batendo o quadril em mesa quando dança, o bar fica no centro da pista, o que facilita muito na hora de comprar drinks ou água ou whatever. Aliás, as casas noturnas deveriam aprender com o Cine Joia: tem bebedouro no banheiro, tá? E mais: eles deram um drink de graça pra cada pessoa. É mole ou quer mais?
A noite começou com o DJ que teve a pachorra de selecionar as melhores músicas do mundo pra tocar, foi de Foster The People a Queens of The Stone Age, passando por um monte de música que é figurinha garantida em festas, como Lonely Boy, do Black Keys, até bandas que raramente marcam presença, como Hives. Os DJs juizforanos têm muito o que aprender com esse cara. (infelizmente, não sei o nome dele) Em seguida, subiu a banda de abertura, Hatchets.
Ai, gente, cês vão me desculpar, mas não gostei não. Eles têm muita presença de palco, especialmente o vocalista que desceu pro público no meio do show e tudo mais.
Mas eles são muito dançantes. Não que eu não goste de coisa dançante, eu adoro, mas não fui preparada pra assistir a um show com esse tipo de música, simplesmente não combinava. Sem falar que achei que o vocalista tentava demais imitar o Friendly Fires. Nota: ★★1/2
Daí 23h05 o show da noite começou. Paul Banks sobe no palco.
Todo mundo levantando seus smartphones pra fotografar a primeira música. |
Ele entrou meio abatido em relação ao incrível show do Interpol que fui em 2011, mas isso foi melhorando ao longo da apresentação e, logo, ele já sorria junto aos muitos "obrwigados" no final das músicas.
O setlist foi o mesmo de sua apresentação dois dias antes no Chile: nenhuma música do Interpol :(, quase todo o primeiro disco solo (Julian Plenti is... Skyscraper) e muitas do mais recente (Banks). A coisa que achei mais legal foi que eles não hesitaram em tocar músicas instrumentais dos discos e é justamente o instrumental impecavelmente executado que tem destaque durante todo o show.
Tocaram minhas três músicas preferidas, Summertime is Coming, The Base e Fly as You Might, mas acho muito que deveriam ter tocado o cover de I'm a Fool to Want You. Nem tudo é perfeito.
Em resumo, foi um show realmente maravilhoso (não tanto quanto o do Interpol), não deixou a desejar em nada. Queria mesmo era viver todos os dias em um show como aquele.
Nota: ★★★★
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