14 de março de 2013



    Eu sei, o mundo só fala do Papa. Que Francisco que nada, gente. O nome do dia no WLN é Lúcio da Silva Souza. Ou só Silva, se você preferir.

olha essa covinha, gente

   Ele é o cara que fez um EP no final de 2011 e em mais ou menos um ano já havia lançado seu primeiro disco. O mesmo cara que foi eleito o melhor cantor de 2012 pela Associação Paulista de Críticos de Arte, a APCA. O cara que tem 24 anos e toca violino, violão, guitarra, violoncelo, percussão, sintetizadores e toca no Sónar também. Que fez faculdade de música e que compunha sozinho na casa dos pais. 2012 foi o ano dele, e não é à toa que a música de abertura do lindo “Claridão” (finalizado por um dos responsáveis do primeiro CD de James Blake) é batizada com o ano apocalíptico.


Em suas músicas, Silva consegue unir o acústico dos artistas brasileiros que ouviu enquanto crescia ao eletrônico de quando morou na Europa; a agitação dos sintetizadores à leveza do violino e do ukulele. E mais importante: fazer dessas junções algo surpreendentemente natural.



 
Gosto do Silva porque tudo em sua música se completa, se encaixa. Sua voz, a melodia, os instrumentos, cada barulhinho na hora certa, as letras que parecem mais um bando de confissões escritas transformadas em som. Ele dispara umas frases do tipo "Cansei de ser eu mesmo, me deixa ser você", "Navios dizem recomeço, do mar ninguém chegou ao fim", "O avesso às vezes dá certo" e "Vem cá, soletro você" e espera que as pessoas consigam seguir com seus dias como se nada tivesse acontecido. Não dá, Silva. Dá só vontade de te ouvir mais e mais e mais.


Ajudaí, cara. 

Espero que esse nome ainda seja muito merecidamente falado por aí e que suas músicas façam muitos sorrirem. Porque me fazem. Ô, se fazem.

Então fica o recado do dia: ouça Silva e se deixe apaixonar por ele. Juro que é fácil.

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