14 de março de 2013



  De tempos em tempos surgem algumas séries em nossas vidas (e/ou timelines) que causam curiosidade, espanto e, principalmente, vontade de assistir. “Girls”, produzida pelo canal de TV pago HBO, teve o primeiro episódio indo ao ar em 15 de abril de 2012 em seu país de origem, Estados Unidos.

  “Girls”, conta a história de Hannah Horvath, “pesudo-escritora” de 24 anos recém formada da faculdade.  Hannah divide as telas com mais três amigas que, representam cada uma em sua excentricidade, as jovens mulheres do século XXI. A autora da série, Lena Dunham, além de dirigi-la, também interpreta o papel principal, uma espécie de auter-ego caricaturada da mais nova “queridinha de Hollywood”.
  Além das quatro mulheres (e daí, obviamente tem-se o título da série), a história tem como personagem principal a cidade de Nova York, palco de incontáveis produções audiovisuais desde os primórdios do cinema moderno.  “Girls” chegou a ser comparada à famosa “Sex and the City” (S&C) por motivos óbvios: quatro amigas e sua vida na Big Apple. Porém, as semelhanças param aí. Enquanto S&C traz o glamour da vida na metrópole mundial envolta em paitês, romances e grifes, “Girls”, é crua.  Já no primeiro episódio vimos a personagem interpretada por Lena recebendo um ultimato dos pais para que encontrasse um emprego, caso contrário a mesada seria cortada. 
 
Ao longo dos episódios (que duram pouco mais de quarenta minutos), assistimos Jessa (a amiga inglesa-hipster-it girl), Marnie ( a certinha que namora o mesmo cara desde a faculdade e praticamente banca Hannah, com quem divide o apartamento), Shoshanna ( a virgem) e Hannah ( que tenta viver o máximo para que possa escrever sobre todas as situações vividas) passarem por momentos que, salvo as devidas proporções, são palpáveis ao público alvo da série.
Shoshanna <3

  A série norte-americana se destaca em diversos aspectos, mas, em minha humilde opinião, roteiro e trilha sonora conquistaram o sucesso para história. Desde o episódio piloto é possível se perder nos diálogos caso você seja um grande amante de música boa.  A cada trecho é um tantinho de felicidade que corre pelas veias do espectador. Música indie, rock clássico... a lista de artistas que fizeram versões exclusivas  para a série não é curta. A banda fun. foi a escolhida para abrir o primeiro episódio da segunda temporada com a música "Sight Of The Sun"

   Já o roteiro é quase uma arte à parte. O humor mais irônico do que se é encontrado normalmente, o “auto bullying” da personagem principal e os diálogos que, finalmente trazem falas passíveis de serem ouvidas em situações cotidianas, renderam à Lena Dunham a comparação com Woody Allen.
  Mas nem tudo são flores. As atuações nem sempre conseguem trazer à tela a profundidade necessária à cena. Além disso, na segunda temporada (o episódio season finale  vai ao ar no próximo domingo -17- nos Estados Unidos) percebe-se em algum episódio a falta de todas as ~garotas~ da história e, por isso, perde-se o ritmo eletrizante que a série havia mantido até então.
"Girls" ganhou dois Globos de Ouro em 2012 como "melhor série de comédia/musical" e "melhor atriz" para Lena Dunham (dã)

Estrelas no Imdb: 7,4
Estrelas por mim: 8,5 (não sou obrigada a ver Hannah o tempo todo falando) 


Oasis na banheira em fim de episódio, bjs

Um comentário:

  1. Eu adoro Girls! Acho a série fantástica e inovadora em vários aspectos, mas tenho minhas ressalvas.
    Embora saiba e aceite que boa parte do sucesso seja por causa do roteiro e personagens criadas por Lena Dunham, ela não é um exemplo muito bom pra ninguém.
    E a série, que é classificada como retrato da atual geração, não retrata tão bem assim, não é? Quatro protagonistas brancas e heterossexuais (tá, certeza que a Jess, pelo menos, experimentou de tudo).
    Quanto à trilha sonora, é realmente impecável. E mesmo tendo em sua maior parte, músicas do cenário mais alternativo, consegue agradar geral. Afinal, quem nunca dançou "Dancing On My Own", da Robyn, sozinho no quarto? Ou berrou "I Don't Care", do Icona Pop, na balads?

    E essa cena do Oasis na banheira entrou para o meu hall particular das melhores cenas de seriados de 2013.

    Beijo!

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