27 de maio de 2012


Todo Carnaval Tem Seu Fim

    Sabe aquela sensação de se achar superior a todos os outros seres humanos que existem? Foi com ela que eu saí da Fundição Progresso à meia noite do dia 25 de maio, depois do primeiro show da turnê de 15 anos dos Hermanos no Rio.

                 

    Tudo me mpressionou no show: a pontualidade, o nível do público, a organização da Fundição, a qualidade técnica da banda, a simpatia do Amarante e do Camelo, o setlist (que você confere clicando aqui)... mas talvez o quesito mais relevante de todo esse êxtase em relação ao show tenha sido esse gostinho de ter a banda tocando junto de novo, de poder ouvir aquelas 30 músicas (que já tinham sido trilhas sonoras de vários momentos da minha vida e da vida de várias pessoas ali) executadas ao vivo e com muito primor.


    E quando eu digo primor, eu me refiro a um instrumental per-fei-to de mais ou menos 10 integrantes começando a tocar as primeiras notas de O Vencedor às 22h em ponto e levando o show até a meia noite com o mesmo gás do início. A animação da platéia também foi responsável por esse gás todo: alguns sites brincaram dizendo que a banda promoveu um karaokê e não um show. O coro foi ensurdecedor nas principais músicas da banda, como O vento, A flor, Conversa de botas batidas, Todo Carnaval tem seu fim, Último Romance (a melhor da noite, na minha humilde opinião) e a polêmica Anna Júlia. As músicas do primeiro cd também marcaram presença com Onze Dias, Azedume, Pierrot, Quem sabe, Tenha dó e Descoberta. 
     Nas músicas mais calminhas (que eles sabiamente intercalaram com as mais "pesadas"), ficava fácil ver o envolvimento do público com o repertório da banda. Tinha até marmanjo cantando de olho fechado e mão levantada, com lágrima no canto do olho. A música nova do Amarante, Um milhão, apesar de não ser conhecida pela maioria das pessoas, também foi recebida por um público atento e esperançoso (será que mais canções novas vão aparecer?).


     A interação entre Camelo e Amarante me pareceu mais afiada do que nunca (detesto essa palavra, mas tive que usar). Os dois sorriam o tempo todo, fizeram comentários durante o show, tocaram um pedacinho da abertura de Armação Ilimitada, abraçaram um dos trompetistas enquanto ele fazia o solo... Amarante pulou do palco, depois subiu na estrutura metálica, depois desceu, subiu no palco de novo, parecendo uma criança feliz.


    Bom, a conclusão final é a seguinte: podem falar o que quiser, que a turnê foi caça níquel, que eles já deram o que tinha que dar, que a banda só é conhecida por Anna Júlia, mas eu vou continuar dizendo até o fim, NÃO, PORQUE NEM SEMPRE. Não, porque não é sempre que a gente vê um show assim. Não, porque Los Hermanos continua sendo, pra mim, uma das melhores bandas do cenário nacional. E ponto.

xoxo nerds,
até a próxima ;D

4 comentários:

  1. Isa,só nao te curto mais porque iriam ter que inventar o termo likeception!

    ResponderExcluir
  2. só não entendo porque estão vendendo os los hermanos como 'camelo & amarante + banda de apoio'

    ResponderExcluir
  3. Foi sensacional, melhor show da vida!

    ResponderExcluir