We Like Nerds

Para o infinito e além, nerds!!

Fiquei empolgadíssimo quando a Isa me deu a notícia que eu iria participar do Muquifo! Adoro essa coluna! Aliás, antes de começar a tirar as fotos, reli as outras postagens e percebi que eu sou primeiro nerd que não faz parte da equipe do WLN a mostrar seu quarto! Bate aê! (é o meu jeito de dizer “high five”). Valeu, nerdlovers! Fiquei me sentindo importante!
Então vamos lá!

Essa primeira foto é só uma visão geral, tirada do limiar do meu quarto, meu mui querido quarto!

Nessa segunda foto, está o lugar mais importante da casa, do Brasil, do Mundo, do Cosmos como um todo: a minha cama! Aí é onde eu passo a maior parte do meu tempo (mesmo!). Durmo, leio, sonho muito. Chamo atenção para os meus três travesseiros (achou muito? então vem dormir de conchinha comigo que eu jogo um deles fora) e a flâmula do Granbery pendurada na cabeceira. Aquela caixa ao lado contém uma impressora. Em cima dela, livros que estou lendo ou consultando. Destaque para minha Bíblia (pequenininha, lá em cima, capa preta).

Nessa foto, o meu amadíssimo computador, Clark, ligado no WLN. O Clark não é só minha janela para o mundo, mas também meu companheiro de trabalho e meu confidente. Testemunhou alguns dos momentos mais significantes da minha vida e me ajudou a escrever muitas das páginas que eu tive/tenho a pretensão de publicar. O livro lá no cantinho (deixei de propósito) é o Ribamar, de José Castello. Esse livro tem me tirado o fôlego nos últimos dias! Recomendo.

Essa foto é uma outra visão do quarto (visto da janela da sala, pelo vão do prédio). Mas é mais pra mostrar o Clark adesivado!

Esse cantinho é quase metalinguístico. Livros sobre livros, uma estante “de” livros. Detalhes importantes nessa foto: lá embaixo, meu dicionário Aurélio, BFF. Minha lata de panetone/lixo do Romero Brito (presente da Lucinéa, secretária do nosso lar). Lá em cima, meu disco de plástico do Tron (presente da minha amiga Maria, lembrança de um dia muito especial).

Essa é só pra mostrar que eu sou um Pottermaniac e tenho duas coleções completas do Harry Potter!

Visão panorâmica da parte aberta do meu armário. Adoro olhar pra esse espaço! Não só pelas lembranças que evoca, mas pelo colorido, pelo caos organizado! Detalhes: no “primeiro andar”, o meu globo terrestre (presente da minha mãe, lembrança de um dia muito especial). Sobre o mundo, o chapéu do Mickey, em Fantasia (presente do meu amigo Dore, trazido direto da Disney Japão). E a coleção do Sandman da Renata, que eu ainda vou devolver, eu juro!

Essa foto é só para mostrar quatro outros presentes de pessoas muito queridas em minha vida: a latinha do Superman, em forma de coração (presente da Bianca, lembrança de um dia muito especial). A latinha do Harry, onde guardo uma fortuna (presente da Soraya), o jogo de Xadrez (presente da Maria Helena), e o jogo Novos Caminhos (mais um presente da Maria). Na verdade, a Carol é a pessoa que mais me dá presentes, mas, em geral, são livros, então estão espalhados em todas essas fotos (se eu não escrevesse isso, ela iria me matar... sério.).

Nessa foto, uma outra foto, onde aparecemos eu e a Lorena, minha afilhada lindinha (acabei de reparar que essa é a única foto que eu tenho no meu quarto...).
Aquelas duas cadeirinhas de madeira foram presentes da família Oliveira-Fabre (nas ocasiões dos lançamentos dos meus dois livros); eles têm esperança que um dia eu ocupe uma cadeira de verdade na Academia Brasileira de Letras. Aham, Ulisses, senta lá!
Aquele monte de papel amontoado lá no canto são minha contas a pagar (killing me softly...)

Essa foto é sobre objetos:
- o meu E.T. (presente de mim mesmo, lembrança de um dia muito especial em Orlando).
- a letra “I”, que faz parte da notação TIME 1129A, que era o apartamento que eu dividia com queridos amigos em Naples, Florida, no meu intercâmbio. Cada um de nós ficou com um pedaço (lembrança dos maravilhosos dias que vivemos juntos!).
- uma bola de beisebol do NY Yankees (presente da Nat, lembrança de uma viagem muito especial a Nova Iorque).
- uma Jellyfish (medusa) e um Dooley (caveira mascote da Emory University, presentes de mim mesmo, lembrança de uma viagem muitos especial a Atlanta).
- pendurados no pescoço do E.T.: um crachá do ACAMP de carnaval da igreja (que são sempre momentos felizes); um cordão artesanal usado em uma apresentação dos Contadores de Histórias do Granbery; o medalhão da Academia Granberyense de Letras, Artes e Ciências, da qual faço parte.

Nessa foto, três homenagens:
- a primeira delas é a Chama do Espírito Granberyense, troféu concedido aos granberyenses que trabalham em prol das causas desse lugar fantástico chamado Granbery! (eu sei, só os granberyenses são empolgados com isso!).
- uma pequena placa de metal, homenagem dos meus colegas de trabalho da Associação dos Granberyenses, grandes amigos!
- o prêmio W.H. Moore (placa maior). Esse prêmio é dado a um aluno formado no Ensino Médio do Granbery, todos os anos, como uma homenagem à turma e ao Reitor Emérito do Granbery, Mr. Moore. Eu realmente me sinto honrado de tê-lo recebido (afinal, na minha época os nerds ganhavam prêmios).
Além disso, temos nessa foto o meu action figure do Superman (presente da Bianca e do Tiago, lembrança de um aniversário muito especial). Ah, e também uma camisa(inha) da Comunicação, pra lembrar que eu tenho um diploma de alguma coisa...

Olhando assim, esse é o setting mais feio do quarto, mas o que me evoca mais lembranças. A cadeira que vocês veem foi de meu avô, que morava conosco, mas morreu quando eu era pequeno. Tenho boas lembranças dele sentado aí. Esse espelho baratíssimo, coisa de feira mesmo, pertenceu à minha avó, que foi minha grande amiga e morou nesse quarto por alguns anos (nessa época eu dormia na sala). Ela era supervaidosa (e engraçadíssima) e é a pessoa de quem eu mais sinto falta na minha vida...
O material sobre a mesa é relativo aos meus estudos de Psicanálise (faço formação no Ato Freudiano - Escola de Psicanálise de Juiz de Fora). Deixa esse Freud comigo!
O quadro (deslocado nessa parede) foi pintado por mim, aos 12 anos. Eu sonhava com esse lugar (bem... talvez ele esteja no lugar certo, perto dos escritos do Freud). É o único quadro que eu pintei do qual eu realmente gosto (apesar da qualidade) e um dos poucos que ainda temos aqui em casa.


Nerds, vou confessar: fazer essa coluna mexeu comigo. Acho que estou meio sensível ultimamente. Antes de me despedir, vou compartilhar com vocês um pensamento que me ocorreu logo depois que fiz as fotos. Quando eu comecei a selecionar as imagens que iriam entrar, fiquei abismado ao notar que meu quarto parece o quarto de um menino americano de 12 anos. Senti-me como uma criança. Mas, à medida que fui escrevendo esse (longo) texto, passei a me sentir velho, velhíssimo, principalmente ao relembrar as histórias, “lembranças de dias muito especiais”. Fiquei pensando que, talvez, entre as tantas definições e indefinições sobre o que é ser um nerd, uma me parece realmente confortável: um nerd é uma pessoa fascinada com (ou refugiada em) seu próprio universo. E esse mundo pode estar nas novidades da infância, nos anseios pelo futuro, nas páginas dos livros, nos dias felizes, nos amigos, enfim, espalhados pelo tempo e pelo espaço, ou, ainda, arquivados em um quarto.


Vida longa e próspera!
Ulisses

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