We Like Nerds

Britônicos


Hey there, nerds!

Vocês ai, sejam bem-vindos à nossa coluna "Acho válido". Hoje eu vou indicar uma banda, mas aqui vocês encontrarão indicações de sites, lugares, roupas e o que mais aparecer nas nossas cabeças. Meu nome é Mariana e eu lhes apresento Britônicos!

Essa banda recém criada é formada pelo Felipe e pelo Cláudio e surgiu, segundo eles, da vontade de fazer música para a mente, sem uma preocupação inicial com técnicas e arranjos bem elaborados.

Pois bem, você deve estar se perguntando "O que essa banda toca, afinal?". Se você gosta de Beatles com certeza irá gostar dos garotos da capital paulista. Eles dizem que tudo os influencia na hora de compor: as bandas mais tocadas, as bandas que eles não gostam, os livros lidos, uma notícia na TV...

Perguntei-lhes como era possível conciliar a faculdade e o trabalho com a banda; a resposta foi bem direta: "A nossa vontade de fazer música e tocar, faz com que tenhamos uma responsabilidade individual de ensaiarmos, estudarmos e treinarmos sozinhos."

Não é segredo para ninguém que, se alguma banda quer ter o trabalho reconhecido em todo o país, tem que fazer sucesso em São Paulo primeiro. Muitas bandas saem de suas cidades e "migram" para a grande capital a fim de ampliarem a rede contatos e, principalmente, a de fãs. Então, surgiu-me a dúvida: como lidar com esse público tão vasto e tão cheio de opções? Os garotos Britônicos disseram que, apesar das dimensões que a internet pode alcançar, só é possível ver a qualidade real de uma banda e o público alcançado por ela em uma apresentação ao vivo. Em um show a banda pode interagir com os fãs de uma forma totalmente impossível de acontecer na internet. Mas, não é por isso que eles deixam de aproveitar as facilidades apresentadas por ela: "Hoje a internet te proporciona chegar a lugares que você nunca (ou dificilmente) chegaria de outra forma. Por exemplo, na primeira semana que divulgamos nossas faixas demo na web, um blog italiano fez um post com um pequeno comentário nos elogiando e divulgando uma de nossas músicas", disse Felipe.

Você, querido nerd, provavelmente se perguntou no decorrer de leitura: “Por que eu devo ouvir Britônicos?" e eu lhe respondo: sabe aquele tipo de música que, quando você a ouve, penetra em um mundo diferente, um mundo só seu? Aquela música que, ao ouvir o primeiro acorde você lembra-se de um amigo, aquela que faz você bater os pés no chão sem perceber? Pois então, esses são alguns dos motivos que farão você ouvir Britônicos. Como já dito, a música é feita para a mente, alguma ligação com nós, leitores desse blog?

Segue abaixo a entrevista completa com a banda:

WLN: Como a banda começou? Vocês já se conheciam há bastante tempo?

Felipe: Somos amigos há mais de 4 anos. Antes da Britônicos tivemos uma banda juntos, chamada Colorbar. Essa acabou e em meio a nossa abstinência musical, resolvemos em janeiro de 2010, gravar algumas músicas de maneira simples e que não houvesse a necessidade de terceiros em ambos os processos: de composição e gravação. Queríamos apenas sentar, compor e gravar de maneira caseira mesmo, sem tanta preocupação técnica inicialmente e sim com o propósito de fazer música e sentir-se capaz disso. Acho que foi algo mais pra mente mesmo. A partir do resultado obtido achamos válido compartilhar isso e tocar o projeto pra frente.

Cláudio: Acho que o legal da Britônicos e o que incentivou o início dela foi justamente essa liberdade no sentido de que, a partir do momento em que somos apenas dois integrantes, não há tanta limitação, discussões ou aquela coisa de ter que agradar a todos de uma banda.

WLN: Vocês têm outros projetos além da banda?

Felipe: Sou formado em Rádio e TV e faço trabalhos de freelancer de edição de vídeo e câmera. Tenho alguns projetos paralelos na área. Com certeza essas atividades nos restringem e dificultam para que possamos marcar ensaios, mas isso não é desculpa para deixarmos de fazê-los. A nossa vontade de fazer música e tocar, faz com que tenhamos uma responsabilidade individual de ensaiar, estudar e treinar sozinho em casa mesmo.

Cláudio: Eu estou terminando meu curso de Lazer e Turismo e trabalho em uma agência de viagens. De fato é meio complicado conciliar o nosso pouco tempo livre com ensaios, shows e até mesmos outras diversões, mas temos que ter o pé no chão e uma visão de longo prazo, sabendo que este sacrifício é apenas momentâneo e uma maneira sólida de concretizar a nossa verdadeira vontade, que é a de fazer música.

WLN: Quais são as influências musicais de cada um ?

Felipe: Ouço muita música e acho difícil responder sobre influências. Tudo acaba influenciando de alguma maneira: as bandas clássicas, as novas e até as que não considero boas. Vou citar o que tem rolado bastante na minha playlist hoje: Los Hermanos, Kings of Convenience, Oasis, Weezer, Pública, Vanguart, Paul McCartney, José González e claro... The Beatles, sempre presente.

Cláudio: Pra mim influência é algo de extremamente impossível de definição pois até as coisas que não gosto servem, ao menos, como um exemplo a não ser seguido. Como o próprio Fe falou, acho que a maneira mais próxima de chegar a esta resposta é listando o que toca muito nos meus playlists (no pc, no mp3, no cd etc): Oasis (sou “fã de carteirinha” sem carteirinha), Bob Dylan, Los Hermanos, Arctic Monkeys, Radiohead, Pública, Jamie Cullum e Beatles inegavelmente. Mas ouço coisas estranhamente diferentes que também são constantes no meu dia-a-dia, como Tiê, John Coltrane, Corinne Bailey Rae, Serge Gainsbourg e Jeff Buckley. No caso da Britônicos, eu acho interessante que não necessariamente músicas são influências. Algumas músicas nossas são baseadas em livros ou notícias bizarras que lemos, ou fatos que nos chamam a atenção. Coisas assim. Talvez até mesmo um senhor aposentado sentado no banco da praça dando milho para os pombos em uma tarde ensolarada de domingo possa um dia nos servir como inspiração para uma canção.

Espero que vocês gostem da minha indicação e, pra você que está doido para baixar as músicas dos Britônicos, clique aqui. Você também pode acessar o site dos meninos clicando aqui.

Por Mariana.