Oito anos, gente.
Oito anos foi o tempo que demorou para o blink-182 (aka minha banda preferida, MAS CALM YO TITS, serei o mais imparcial possível!) lançar um novo CD. Nesse meio tempo, a banda entrou em hiatus, rolou rancor, rolou mágoa, rolou vontade de reconciliação, rolou saudade, rolou um acidente de avião que quase tirou de nós o baterista Travis Barker e, logo em seguida, rolou a volta da banda. Como vocês podem ver, se tem uma coisa que não é BORING nessa vida é ser fã de Blink.
E essa minha convicção nunca foi tão forte quanto na manhã dessa quarta-feira, quando a Bells aqui do blog me mandou uma mensagem que dizia exatamente “Izzle, o CD do blink vazou. Nao sei se voce ta sabendo mas ah, so pra avisar mesmo :) beijos bells” às 7hs da manhã e eu quase pari vinte filhos no meio da cantina da minha faculdade. Ela foi a primeira que me contou, e durante o dia (eu só ia chegar em casa 22hs, CHUPEM ESSA MANGA) mais três pessoas me ligaram dizendo que tinha saído. Basicamente, passei o dia angustiada.
Oito anos.
O novo CD do Blink, “Neighborhoods”, vai sair oficialmente no dia 27 de setembro. Que iria vazar todos já esperavam, mas não tão cedo. Claro que rolam aqueles que ficam “Ah, que vergonha, vocês estão traindo o blink-182, vou esperar até dia 27 pra ouvir porque isso é o que os fãs de verdade fazem e...”
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifhY_-687QDP0oEyHMBV-RPvpd5JZUlgNCPUOBeOA-aqFZKdj0XP-h5tmWh_e9Auu_XsgECE6Mi-MKS1R8AVBmThXAwOyG6Y4OpN6WwBs5Juy1F9SbjWUbfe64iYwDezoh37G9Walphcml/s400/tumblr_loubphlqWs1qdkusp.gif)
tá de sacanagem comigo né
Não sigo essa linha de pensamento -- e o porquê disso foi resumido NESSA imagem por alguém anônimo do tumblr. Como nenhum representante ou integrante do blink-182 se pronunciou contra o vazamento (e como baixar música na internet já deixou de ser A BIG DEAL faz tempo, convenhamos), eu considero aceitável usar vídeos do Youtube para ilustrar a crítica do álbum que farei. SE ALGUÉM PROCESSAR O BLOG VOCÊS FINJAM QUE NADA ACONTECEU E MEU NOME NÃO É LAÍS VIU GENTE É BERENICE FLW Não me sinto menos fã ou como se tivesse traindo ninguém, uma vez que comprarei o álbum quando este for lançado e, sério, eu realmente não acho que eles estejam nos condenando por ouvir as músicas que esperamos anos para ter acesso.
ANTES DE PARTIMOS PRO QUE INTERESSA, saibam que eu usarei o MÉTODO TRAVIS BARKER DE APRECIAÇÃO - ou seja, o quanto eu gostei da música será expresso através de imagens do Travis, usando como referência o fato de que é raro vê-lo expressar muito suas emoções publicamente (o que quer dizer que, quando ele sorri, A COISA TÁ BEM BOA MESMO). Checa a tabela:
agora LET'S GET DOWN TO BUSINESS to defeat the hunsssss
1) GHOST ON THE DANCEFLOOR
Essa música vem sendo tocada nos shows da banda já faz um tempo e foi bem recebida. Ao vivo, ela soa menos “estilizada” e, AMÉM, NAÇÃO, os vocais do Tom Delonge soam do jeito que a gente gosta, com aquele sotaque característico (beijos para as - não poucas! - pessoas que já tentaram imitar o “don’t waste your time on me, you’re already the voice inside my heaaaad” de I Miss You), mas não deixa de ser épica. A bateria da música também é marcante, como já era esperado pelos fãs desde a declaração feita pelo próprio Delonge: “(A música) trouxe um elemento de perda emocional e dor no coração, mas também tem um fundo de beleza e revolta. Acho que alguma coisa dessas ressoou com Travis. (...) Ela o tocou de verdade.” Pra quem não sabe, Travis Barker, baterista da banda, sofreu um acidente aéreo que deixou como vítimas fatais pessoas próximas a ele e também perdeu um grande amigo, DJ AM, o único sobrevivente do vôo depois do próprio Barker e que acabou se suicidando há pouco mais de dois anos. O objetivo da música é atingir em cheio o emocional - e, pelo menos comigo, conseguiu. O refrão “I saw your ghost tonight / the moment felt so real / your eyes, they write on mine / the music starts to heal”, especialmente. ![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_tIqvrsVPuZDRE5Zhivh_9r5ytljbiycM3FKn8vI2y78869FZt6I5Z-FAOb_J1AXSdLAMcuEi3aYWF_oVgHzaUbNXu4ma4AY2XTEkBeAJ9JZFEkh5YMJ3TyIiT9j6MC5tTeQ7zSryXaBFwFzqAbMdpN6jpg=s0-d)
2) NATIVES
Não dá nem tempo de respirar! A intro de Natives começa e, quando a letra começa com os vocais rápidos do Delonge contrastando com o tom sereno do Mark Hoppus – que continua cantando letras intensas de uma forma que as faz soarem sutis, ao mesmo tempo em que parecem triplicar o impacto delas –, a vontade que eu tive é de botar o som no máximo e nunca mais tirar de lá. A combinação dos dois e a bateria fantástica é a marca inconfundível da banda. Uma das minhas preferidas do CD. We’ll have the time of our lives,
although we’re dying inside.
3) UP ALL NIGHT
PUTA MÚSICA ESPERADA. Ela foi a primeira divulgada pela banda desde a volta do hiatus (e já tem clipe, como cês podem ver) e gerou muita expectativa dos fãs – talvez o seja por isso que eu arrepie sempre com o início dela. Tiveram os que falaram que “não soava como Blink-182”, mas não tem jeito – os vocais alternados, a letra forte e o som marcante não deixam dúvidas pra mim. Acho fantástica a retomada dos instrumentos que rola depois de uma pausa da música no finalzinho.
4) AFTER MIDNIGHT
A minha preferida entre as três músicas que já haviam sido liberadas pelo Blink (as outras sendo Up All Night e Heart's All Gone). O primeiro nome dela foi “Travis Beat” - mas ao invés de termos uma música frenética e arrasadora, como alguns esperariam, “After Midnight” é como se fosse o pit-stop romântico do CD.
5) SNAKE CHARMER
A primeira vez que eu ouvi a música eu estranhei, mas depois de dois dias com o Neighborhoods dominando meus fones de ouvido, ela já se tornou viciante. Reza a lenda que ela é sobre a história de Adão e Eva – sem nenhum teor religioso aparente, claro. Pelo menos, não é o que parece com letras como as “She creeps up like a spider, and wants you deep inside her” e “relax now, let this all begin / because good girls, they like to sin”.
6) HEART’S ALL GONE INTERLUDE
O combo piano + guitarra me mata. Nem tem mais o que dizer.
7) HEART’S ALL GONE
E quando você tava lá quase indo parar em um estado alfa com o Interlude, chega Heart’s All Gone ~DESTRUINDO AS SUAS ESTRUTURAS~. A música mais rápida do álbum nos até sentir o gostinho dos primeiros CDs do blink-182 e coube perfeitamente no CD. A letra me soa genial.
8) WISHING WELL
A letra da música já conquista – mas quando chega no refrão e ouvimos aquele “La da da da da da da da”, dá até pra fingir que ela era uma faixa esquecida do cd de 1999, Enema Of The State (semelhança essa que já foi apontada pelo Tom Goodwyn da NME Magazine), que foi repaginada para o Neighborhoods. Priceless.
9) KALEIDOSCOPE
Quando a introdução começou, tive um ótimo pressentimento. Quando a voz melódica do Mark entrou, sorri feito uma idiota. Quando Tom cantou o refrão com aquele jeito inconfundível, pedi misericórdia, porque sério, que COVARDIA. O combo baixo + bateria foi captado pelos meus sentidos e BOOM. Não tem mais jeito. To loucamente apaixonada.
10) THIS IS HOME
A única coisa que me incomoda é o uso que (eu achei) desnecessário de efeitos sonoros. Ainda assim, a música é muito cativante – a letra, principalmente. “Don’t stop, the band is coming on / rude boys and punks who shout along / police cars bring cops and loaded guns / kids scream, but laughing as they run”...
11) MH 4.18.2011
Desde que soube que o nome da música era uma referência ao Mark Hoppus e ao fato de que ele a escreveu no dia 18 de abril de 2011, eu já reservei um lugar especial pra ela no meu coração. “Mark nunca me decepciona” é uma dos meus lemas de vida – e, cara, isso é uma das poucas coisas que eu sei que eu estou certa. Quem mais iria cantar “Hold on, the worst is yet to come, save your money for hired guns” de um jeito que eu ouviria sorrindo?
12) LOVE IS DANGEROUS
Gostei mas não gostei. Faz sentido isso? Acho que me agrada por soar familiar e pela bateria inconfundível do Travis. Se salva pelos versos finais, quando a voz do Hoppus intercala com a do Delonge com essa bendita bateria ao fundo.
13) FIGHTING THE GRAVITY
A música que eu menos gostei do álbum, E PASMEM: é cantada pelo Mark. O que criou uma resistência pra mim foram, de novo, os efeitos – não ficaram ruins, mas “não faz meu tipo”. Fico com aquela sensação de que com a voz do Mark e apenas a guitarra, o baixo e a bateria seria ainda melhor. Achei que a letra é sensacional, anyway.
14) EVEN IF SHE FALLS
O álbum fecha com uma das músicas pela qual me apaixonei em questão de segundos – e o affair tá de pé até agora. Even If She Falls tem de tudo um pouco – e esses poucos conseguem me agradar em tudo.
DEPOIS DESSA BÍBLIA, só quero deixar algo aqui para os muitos que dizem que “Oh, isso não é mais blink-182, eles mudaram, não são mais os mesmos, oh Deus por que eles não lançam algo que soe com os álbums da virada do milênio??”
Você é o mesmo de dez anos atrás? Pensa, age e faz as coisas da mesma forma? Tem as mesmas opiniões e influências? I don’t think so. Se blink-182 soasse exatamente o mesmo de uma década atrás, a decepção ia ser enorme – é muito melhor, ao meu ver, vê-los fazendo um disco que traz qualidade e mais maturidade à discografia da banda.
Só em uma coisa que eles parecem ter continuados os mesmos:
Os bastardos ainda são bons em fazer música.
Câmbio e desligo!
p.s.: falando em blink-182, você conhece o Action182? Deveria. Mesmo.
Não consigo nem imaginar quão foda é a sensação de vocês (fãs gigantes e desde sempre do blink) agora. *-*
ResponderExcluirAlô como não comentar nesse post que exala amor paixão e 182?
ResponderExcluirBlink ta aí me fazendo chorar a OITO anos esperando esse cd (ironicamente a mesma época em que eu comecei a ouvir blink, alô sorte) enfim, eu tava com medo DEMAIS desse album não ser isso tudo, do blink ter se perdido em algum momento entre 8 anos e se eu tenho algo a dizer é que o blink se encontrou e ta aí mais lindo do que nunca, mais maduros, fortes, e fazendo muito marmanjo chorar com letras como 'even if she falls' e agora pra vocês queridos que dizem que 'mimimi blink de 1999, mimimi' desejo pra você, A MINHA ROLA. Porque sinceramente, eu tenho um orgulho enorme do que eles se tornaram, e depois de tudo o que eles passaram, a separação, a briga, os projetos solos, 'no it isn't', do acidente, da recuperação do Travis, da morte do DJAM, QUE QUE VOCÊS ESPERAVAM? QUE ELES CONTINUASSE ESCREVENDO APENAS SOBRE BOQUETE? C'mon, é claro que eles SEMPRE farão piadas escrotas envolvendo pênis e etc, mas saber que eles cresceram assim me enche de orgulho e felicidade.
E pra mim, que já acreditei que jamais iria ouvir uma música nova da banda mais fucking awesome do mundo inteiro, ouvir essas 14 músicas foi simplesmente indescritivel, e só reforçou minha fé na banda. Esperar 8 anos não foi fácil, mas por outro album desses eu esperaria quantos fossem necessários.
(desabafei, alô)
lady laura ♥
ResponderExcluirE ATENÇÃO
quero bordar esse comentário da ana fbj, colocar num quadro e WORSHIPÁ-LO PELO RESTO DA MINHA VÃ EXISTÊNCIA.
PALMAS.
1 minuto pra respirar depois desse comentário da dona Ana Luiza, tempo na tela.
ResponderExcluirOk. Agora sim.
ResponderExcluirSem palavras pra expressar como é a sensação de ter um album novo do Blink-182 depois de 8 anos né? E não sei vocês, mas esse é o primeiro lançamento que eu acompanho, então o mimimi chega ao extremo!
Gostei muito da sua análise sis, foi bem realista (porque né, também achei super desnecessário os efeitos sonoros em This Is Home e Love Is Dangerous já me enjoou). Mas sinceramente, depois de tanto tempo, eu nem ligo! Eles podiam botar um pandeiro das músicas que eu ia achar ÓTIMO n
Por fim, gostaria de avisar que levarei essa escala do Travis no meu coração pelo resto da minha vida.
curti sua resenha sua FOFENHA, parabens pela resenha, ficou d+, e Neighborhoods, ficou fodastica, só tome cuidado: "NÃO FIQUE NÃO SOMBRA DE UM HELICÓPTERO" ;)
ResponderExcluir1-Adoro a Laís!
ResponderExcluir2-Todo ídolo deveria ter uma escala de apreciação!
3-Fiquei com vontade de ouvir o álbum! (isso é um big deal, acreditem!)
"Escala Travis Barker de apreciação" QUASE empata com as suas legendas no nível de coisas fodas. NA MORAL.
ResponderExcluirE mano, eu nem sou fã de blink, ouvia há um tempo mas cara, esse cd tá foda pra caralho.
E eu imagino vocês fãs morrendo de amor por isso.
Isoca, pode baixar que você vai curtir.
E pra mim a melhor música é "Heart's All Gone Interlude". Que isso, repeat em looping eterno.
Durante os oito anos de espera, muita coisa aconteceu MESMO, e vivenciar certas ocasiões foi torturante.
ResponderExcluirPorém, ao chegar de um exame desgraçado, entrar no twitter e ser informado do vazamento, cada segundo foi justificado.
Neighborhoods é simplesmente fantástico, e embora alguns efeitos específicos sejam levemente irritantes, este álbum esta no mesmo patamar dos seus antecessores mais ilustres, superando o self-titled tranquilamente.
Sua resenha foi excelente, e eu imagino sua dor ao classificar "Fighting the Gravity", mas realmente desperdiçaram uma letra excelente com essa sobrecarga de sintetizadores a la Bonadio.
Ah, mais uma coisa: sua escala deveria ser usada em qualquer avaliação.
Laís, você é uma menina GENIAL. Só queria dizer isso.
ResponderExcluir"Escala Travis Barker de apreciação", você é foda HIUEHAEIUAEHAEUIHAEUIAEHAEIUHEAIUH
adoreeei.
ResponderExcluireu ri com a "Escala Travis Barker de apreciação".
heueheue
a unica coisa desnecessária foi a sua assinatura. ueheue
eu nem podia imaginar que tinha sido vc que escreveu.
ehuehe
Ok. Eu MORRI com esse cd! Caramba! Assim como vocês, adorados fãs de Blink, eu sou apaixonaaaada pela banda e suas músicas, e acho realmente legal eles terem mudado um pouco, afinal, não somos os mesmos de oito anos atrás (ponto pra você!)
ResponderExcluirE sim, adorei a sua "Escala Travis Barker de apreciação" HAHAHAHAHAHA
Blink182, eu amo vocês absurdamente! <3