
Ó QUEM TÁ NA ÁREA
Euzinha!
Hoje é domingo pé de cachimbo,
dia de deitar na cama e ver Faustão. Mas pode falar pra mim que deitar na cama
e ver programas inúteis é o que você mais gosta de fazer mesmo em dias de
semana. Eu sei. Você não o faz porque sempre tem alguma coisa gritando pra você
fazer algo. Seja a sua mãe, seja sua consciência. Geralmente é a sua mãe. Sua
consciência grita geralmente quando você vê, por exemplo, um cara de dezessete
anos que tá próximo de descobrir a cura pra AIDS ou algo assim, estou certa?
Pois se prepare que minha coluna de hoje vai fazer sua consciência gritar de
novo.
Não sei vocês, coleguinhas leitores, mas eu
completei ontem 19 anos e quatro meses e o mais próximo que eu já cheguei de
fazer algo pela humanidade foi quando a minha antiga escola nos levou pra
plantar uma árvore. Mas a verdade é que eu nem sei se ela ainda vive, então
imagino que não conte muito. Que dirá então fazer algo que me torne uma pessoa
excepcional aos olhos do resto da sociedade. Daí que existe um cara que
resolveu que ia humilhar muita gente com sua existência. Eu inclusive. Ele
atende pela alcunha de Jamie Cullum e tem a seguinte carinha:
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SOCORRO ESSES SAPATOS |
Mas por que as pessoas se humilham com a existência dele, Gabi?
Vou te dizer. Em 1999, Cullum tinha apenas 20
aninhos e lançou seu primeiro disco, Heard it All Before, de forma
completamente independente, com apenas 500 cópias. Foi tão raro, mas tão raro
que você conseguia achá-lo sendo vendido no eBay por £600. SEISCENTAS LIBRAS.
Você tem noção de quanto isso vale? Mil. Novecentos. E. Trinta. E. Um. Reais.
E. Setenta. E. Três. Centavos. Duvido que você ganhe isso em um mês. Entendeu
meu ponto? Aos vinte e seis anos, ele já tinha ganhado prêmios como o Brit
Awards e o BBC Jazz Awards, além de já ter se apresentado três vezes pra rainha
da Inglaterra.
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desculpa, sociedade |
Jamie nasceu em Essex,
Inglaterra, em 20 de agosto de 1979, e teve o seu primeiro contato com o jazz
durante a adolescência e ficou fascinado por Miles Davis. Durante a faculdade,
ele trabalhava como cantor-pianista em tudo quanto é lugar que o aceitassem e
foi com o dinheiro que ele ganhava nesses bicos que ele gravou seu primeiro CD,
que ele vendia onde se apresentava. (e que mais tarde valeria aqueles R$1931,73)
Daí, mais tarde, em 2002, a
Candid (é um selo especializado em jazz) o apadrinhou e lançou seu segundo
disco, Pointless Nostalgic. Em abril de 2003, Jamie assinou um contrato de UM
MILHÃO DE LIBRAS. Ele não tinha completado vinte e três anos ainda. Isso foi
quando ele lançou seu terceiro disco, Twentysomething, meu preferido, que o
tornou o cantor de jazz mais vendido do Reino Unido e o disco, o de jazz
vendido mais rapidamente da Grã-Bretanha.
Isso são apenas números. O que mais destaca
Jamie são seus covers, que vão de Cole Porter, passando por Jeff Buckley e
Radiohead, e chegando em Rihanna. É isso mesmo, caras. Aos trinta e três
aninhos, o “Sinatra de tênis” já fez sete shows no Brasil (um ano passado, num
festival em São Paulo que teve também Laura
Marling!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! e que, por algum motivo alheio à
minha compreensão, eu não fiquei sabendo.), cinco álbuns de estúdio, um ao vivo
e três DVDs (podem me dar qualquer um de presente, gradecida), mistura, no seu
jazz, pop, hip hop e funk e eu ainda não sei te explicar por que motivos eu não
tenho nenhum amigo pra cantar Mind Trick comigo ou chorar, ouvindo Lover, You
Should’ve Come Over. Espero de verdade que meu post tenha feito alguma boa alma
querer conhecê-lo.
Aí procês darem um bizu:
(alguém canta now I need you more than ever, I need you more than ever, now pra mim? Brigada)
Um cheiro no pescoço de vocês, boa tarde.
talvez, TALVEZ, eu esteja apaixonada por esse post
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