
Olá meus queridos aspirantes a jedi, esta semana fui enviado em missão para checar como foi o terceiro e último dia do festival SWU (na verdade saiu tudo do meu bolso, metade da minha alma eu vendi em suaves parcelas pelo ingresso e a outra serviu pra pagar a van). Nas próximas linhas você acompanha o que aconteceu sob a minha humilde visão.
Quando uma amiga me mandou um link do Black Rebel Motorcycle Club que dizia mais ou menos isso (só que me inglês): "Olá fãs, dia 12 de Novembro participaremos do Maquinaria Festival no Chile e faremos uma tour pela América do Sul, fiquem atentos para datas.", meu coração parou por dois segundos e em seguida voltou a bater como uma escola de samba. Como o SWU aconteceria no mesmo final de semana, a esperança nasceu como um raio de sol após a chuva tenebrosa, era apenas a possibilidade de uma das minhas bandas preferidas visitar meu país pela primeira vez que surgia no horizonte. E não deu outra, alguns dias depois veio o comunicado oficial do festival brazuca para a alegria de uns e desespero de outros (que não poderiam ir).
Comprei meu ingresso ainda no primeiro lote, Rock in Rio e Planeta Terra estavam aí pra provar que os brasileiros estavam esgotando festivais rápido demais e eu não poderia deixar essa passar. Eu estava pronto pra ir acompanhado ou não.
E o dia finalmente chegou, após assombrosas dez horas de viagem na última e pouco confortável poltrona da van, estávamos em Paulínia bebendo uma
Sem atrasos, eles entraram no palco, Robert Levon, Peter Hayes e a encantadora-de-bruno, Leah Shapiro (sim, há uma garota na banda e ela toca BATERIA). Mesmo tímidos, demonstraram talento em perfeita sincronia, não trouxeram surpresas para o palco mas cumpriram a tarefa de fazer um show perfeito e sem erros, e como bom fã digo que este foi o melhor do dia.
Logo depois eu fiz uma visita ao palco New Stage para acompanhar o show dos quase desconhecidos The Black Angels. Quando meu amigo Caio Pardal me mostrou uma música deles eu até gostei, mas a preguiça me impediu de procurar por mais material e o tempo assassinou a vontade mais uma vez. Faltando apenas uma semana pro grande dia eu resolvi fazer o download da discografia deles, curti em demasia, mas era tarde pra decorar alguma coisa.
As músicas carregam um tom sombrio e psicodélico ao mesmo tempo trazendo para nós algo que eu não chamaria de novo, mas muito bem reciclado. Mesmo sem apelar pro pop, os caras (e a guria na bateria) fazem músicas bem marcantes seja pelo riff das guitarras, a linha do baixo ou o ritmo da bateria, foi fácil ouvir os álbuns na volta e lembrar de tal música sendo tocada no show. Além de mim, muita gente que foi visitar o palco pra conhecer a banda ficou muito satisfeito que o que viu, e não é pra menos.
Eu confesso, não dei muita bola pros shows que se seguiram, tudo que eu queria ver eu já havia visto, então daqui pra frente serão poucas palavras sobre as bandas do dia.
Da arquibancada eu assisti um pouco do Sonic Youth, era uma das bandas que eu pretendia conhecer antes do SWU, mas a minha velha inimiga preguiça me apunhalou pelas costas, então tudo que vi no telão foram integrantes com cara de poucos amigos, tá certo que ficar sorrindo no palco é coisa de banda colorida, mas ali reinava uma certa insatisfação que talvez se explique pelo divórcio de Thurton Moore e Kim Gordn, ambos integrantes da banda. Aquele foi provavelmente o último show do Sonic Youth e eu não soube aproveitar.
Entre uma apresentação do Megadeth e um cochilo, voltei ao New Stage para ver como era o tal Miyavi, um japonês que curte usar as roupas e a maquiagem da irmã, e não tem vergonha disso. Antes de poder ver o que acontecia no palco pude ouvir um barulho interessante, confabulei comigo: "poxa, tá tudo atrasado aqui, será que a japinha demora a entrar no palco?", então, antes que eu pudesse contar até três em japonês, eis que vêm uma voz oriental até meus ouvidos, e pra me surpreender mais ainda, o rapaz estava vestido de homem. Ótimo guitarrista, acompanhado de um baterista à altura, apresentaram músicas dançantes mais focadas no instrumental.
Fui pra multidão assistir o Alice in Chains, sem o vocalista original que morreu em 2002, preferiram manter o repertório nas clássicas da década de 90, e pelo que vi, agradaram o público que esperou por eles.
Pra fechar o festival, tivemos a apresentação com o maior público, Faith no More, todos vestidos de branco, o palco todo branco estava pronto o terreiro. Impressionante o vigor dos integrantes, nem parecia uma banda que nasceu há 30 anos.
Sobre a organização do SWU, melhorou bastante desde o ano passado: espaço maior, mais banheiros, entrada mais rápida e organizada, mais lanchonetes e vendedores ambulantes (tinha até chopp), os palcos distantes e paralelos promoveu maior movimentação e rotatividade da grade.
Sem mais, câmbio e desligo.
um post que começa com uma imagem do spider man NÃO TEM COMO NÃO GANHAR MEU CORAÇÃO
ResponderExcluirNum tem jeito, toda vez que tu fala do SWU me deixa na vontade. Vou ter que ir nesse evento um dia, QUESTÃO DE HONRA