Yo guys. Hoje, o Acho Válido vai fugir um pouco de seu usual de bandas desconhecidas; hoje, eu vou falar de uma série de TV.
Vocês já ouviram falar de Buffy – a Caça-Vampiros? NÃO, não é aquela porcaria antiga que passa de vez em quando na Sessão da Tarde. É o seriado, aquele que passou há pouco tempo na RedeTV!, por um tempinho na Globo há alguns anos e por MUITO tempo no canal pago FOX, e que, por sinal, é muito mais digno do que muita coisa que têm saído por aí.
A história é a seguinte: Buffy é uma pequena patricinha loira e rica de Los Angeles que é procurada por uma organização chamada “o Conselho dos Sentinelas” e tem sua vida virada de ponta-cabeça: ela descobre que sua força, agilidade, velocidade e outros atributos físicos anormalmente maiores do que os de outras pessoas não são apenas coincidência. Ela é a “Escolhida”, a caça-vampiros, que deve lutar contra as forças sobrenaturais – não só vampiros, mas também demônios, bruxas, e, ás vezes, até mesmo alguns humanos.
Contudo, Buffy não é apenas uma série de ação onde todo mundo bate em todo mundo e morre. Na verdade, os episódios são uma mistura de ação, drama, comédia, romance, terror, fantasia, todos os gêneros possíveis. Sem falar que, se você pensar bem, consegue relacionar cada acontecimento na série com coisas comuns da adolescência, como uma garota perder a virgindade para um cara que “vira a cara” para ela depois, ou alguém atingir a puberdade e perceber mudanças em seu corpo e em seu comportamento...
Buffy foi idealizada por Joss Whedon, criador de Firefly e Dollhouse, escreveu Toy Story, X-Men, e seu último trabalho como diretor, entre muitos outros, foi o episódio Dream On de Glee. Mas foi por causa de Buffy que Joss tem um grande fandom hoje em dia, semelhante aos fandoms de George Lucas, Steven Spielberg, etc (embora seja muito menor, é claro).
Elenco de Buffy com o criador Joss Whedon, que é o esquisitão de azul no centro.
É claro, Buffy nunca foi um PRIMOR de audiência, embora fosse a série mais vista dos dois canais em que foi exibida, The WB e UPN (que, hoje em dia, estão fundidos em uma empresa só, The CW, que, por sua vez, é casa de várias outras séries famosas, como Gossip Girl, One Tree Hill, The Vampire Diaries, Supernatural, Veronica Mars e Smallville). Apesar disso, é uma das campeãs em vendas de DVDs e outros produtos, como trilhas sonoras, figuras de ação, livros e novelizações, versões em quadrinhos, jogos, etc.; sem falar em seu spinoff, Angel, que era exibida até pouco tempo atrás na Globo.
Outro ponto positivo de da série é que ela era uma reveladora de talentos: entre seus nomes mais famosos, estão o próprio Joss Whedon, e os atores Sarah Michelle Gellar (Eu Sei O Que Você Fez No Verão Passado, Scooby Doo, O Grito), Alyson Hannigan (American Pie, How I Met Your Mother) e David Boreanaz (Bones).
Mas o elemento mais importante de Buffy é o feminismo: na verdade, a intenção inicial da série era acabar com o estereótipo da loirinha que entra em um beco e é a primeira vítima do assassino nos filmes de terror; o conceito da série era mostrar alguém que parece tão insignificante, mas que, na verdade, é extraordinário.
Porém, a ideia de Joss foi destruída quando ele vendeu seu script de um filme para Buffy: o diretor e a equipe transformaram num filmeco pop e ridículo, desperdiçando o talento de Kristy Swanson como a protagonista. ENTÃO, apareceu o salvador da pátria: Gail Berman, um executivo da 20th Century Fox, que propôs a adaptação de Buffy para a TV. E, embora a produtora do filme, a Kuzui Enterprises, tenha destruído o script, eles são creditados e recebem royalties por tudo relacionado a Buffy até hoje (Claro, sem eles não tinha nem filme, mas isso ainda é um absurdo).
O impacto de Buffy na sociedade levou a estudos acadêmicos sobre a série (SIM, É SÉRIO), um grande fandom, como dito acima, à expansão do Buffyverse (nome dado ao espaço-tempo onde Buffy, Angel e todas as outras formas de continuação da série se passam), e à transformação da série em uma pequena parte da cultura pop dos Estados Unidos.
Hoje em dia, Buffy continua com sua oitava temporada (a série de TV durou sete) no universo dos quadrinhos, comandados por vários autores de títulos como X-Men, sendo que as histórias da caça-vampiros são um dos maiores sucessos de vendas da DarkHouse Comics, que, embora não possa nem ser comparada à DC ou à Marvel, vem ganhando seu espaço e tendo seus títulos exportados para outros países.
Além de tudo isso, Buffy tem muitas referências em várias obras baseadas no sobrenatural, como em Smallville, Supernatural, a saga Crepúsculo, entre outros (embora nenhum desses siga uma linha semelhante).
A série de TV se tornou o que é hoje por causa de seus ótimos escritores (aclamados pela crítica) e por aproximar vários gêneros televisivos, capturando várias faixas diferentes de público. Então, vale a pena assistir; a chance de você gostar é enorme.
Por Daniel
· * O título é uma fala de Buffy que se torna recorrente a partir da quinta temporada; se você assistir, vai saber o porquê.
· * Se você não acredita em alguma coisa escrita acima, busque na internet. Eu não menti, tenha certeza :)
· * Já ouviu falar de "WWBD"? Significa “what would Buffy do”, ou seja, “o que Buffy faria?”.
Ah, Buffy. Bons tempos, quando eu ainda tinha tempo pra assistir boas séries, é.
ResponderExcluirP.S.: estava ouvindo o podcast (atrasada, OI) e morri, ok. Aliás, simpatizxei bem mais contigo, Daniel, depois de ouvir aquilo. OHAEOIHAEOEAHOEA
falou aê /yo