We Like Nerds

 

    Tenho o prazer de anunciar a estreia da nossa coluna especial de férias: o Nerd List! Durante o mês de julho vamos organizar em forma de lista os nossos filmes preferidos, as frases de efeito que marcaram nossas vidas, os melhores vilões de todos os tempos... Tudo isso com o objetivo de compartilhar as nossas preferências e ajudar você a ter um pouco de diversão nessas férias o//

    Vamos começar com a seleção dos filmes que marcaram as nossas curtas mas emocionantes vidas e com os filmes que captaram nossa atenção nos últimos 365 dias. Vou explicar melhor: cada nerd escolheu 2 filmes que vão ficar na memória para o resto da vida e que já têm um lugarzinho separado na prateleira do quarto (e no coração, hehe) e um que seja lançamento e que, por algum motivo, chamou a sua atenção. Então, vamos às indicações:

Gabi

Para a vida toda:

A Garota de Rosa-Shocking (Pretty in Pink, 1986):

 

   Primeiramente, esse não é um filme de meninos.

  A história é bastante bobinha: Andie é pobre, Blane é rico, estudam na mesma escola, se apaixonam, mas são alvo do preconceito dos amigos. O fato é que não é só isso, filmes adolescentes da década de 80 nunca são só isso. A Garota de Rosa-Shocking não só foi um dos mais famosos da época, como é um dos mais adoráveis. Com uma trilha sonora impecável, contendo mais de uma música do New Order, que era um marco, tem ainda uma cena impagável onde Duckie, personagem de Jon Cryer, que hoje interpreta o Alan de Two and a Half Men, dublando Otis Redding.

  Pode não parecer lá um dos melhores filmes da história, mas é o conjunto da obra e tudo o que ele representa que faz deste o meu filme preferido de todos os tempos.

500 Dias com Ela (500 Days of Summer, 2009):

  Li, certa vez, uma resenha na Rolling Stone sobre 500 Dias com Ela, que o descrevia como “comédia romântica para indies”. Indies são criaturas muito estereotipadas na hierarquia musical, todos os veem como um bando de cabeçudos que gostam de coisas cabeçudas que ninguém conhece e, embora, tenha um número bastante significativo de pessoas que me conhecem como indie, eu mesma fiquei com um certo preconceito sobre esse filme. E me surpreendi.

  500 Dias com Ela é, de fato, um dos melhores filmes já feitos. Conta a história de Tom, que conhece Summer, e se apaixona, mas ela não. Tem uma fotografia linda, diálogos marcantes, personagens adoráveis, figurino fantástico e talvez a trilha sonora mais bem montada da história do cinema.

  “Essa não é uma história de amor.”

Últimos tempos:

Nova York, Eu Te Amo (New York, I Love You, 2009):

  Existe um projeto em que vários diretores se unem para cada um fazer uma pequena história de amor que se passa em alguma cidade previamente escolhida. Por enquanto, já foram produzidos o Paris, Je t’aime e, claro, o New York, I love you, e, ainda que Paris seja a minha cidade preferida em todo o universo, esse segundo é o meu preferido.

  Cada um é uma soma de curtas que falam sobre o amor com a cidade em questão como cenário. Em suma, é isso. Pode parecer pouco, quer dizer, não fiz uma descrição detalhada sobre o que tem no filme, mas não há realmente como fazê-lo. O que posso te garantir é que é lindo, sublime, delicado e te faz morrer de vontade de colocar uma mochila nas costas e ir em busca do amor da sua vida.

Isa

Para a vida Toda:

Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice – 2005)

  Abençoado seja o dia em que eu entrei naquela locadora, peguei o primeiro filme que vi na prateleira e fui embora pra casa achando que tinha feito uma escolha ruim. Orgulho e Preconceito vai ser sempre o meu filme preferido, talvez porque foi através dele que “conheci” minha autora favorita, ou porque a (fantástica) história é abordada de uma maneira muito singular e delicada, ou porque cada detalhe do filme (trilha sonora, figurino, atuações e mais um mundo de coisas) me pegou de surpresa e me ensinou o que é ver repetidas e incansáveis vezes o mesmo filme! #Ficadica

Ensinando a viver (Martian Child – 2007)

  O que uma boa história, John Cusack e uma criança excepcionalmente fantástica podem fazer por você? Muito, believe me. David (John) é um escritor infantil de ficção científica que decide adotar uma criança. E em meio às várias de um orfanato ele “escolhe” Dennis (Bobby Coleman, palmas!), um garotinho estranho que acredita ter vindo de marte. Tenho certeza que você desanimou muito com essa tradução do título e que logo pensou em algum água com açúcar que passa na sessão da tarde, mas a maneira como a trama se desenvolve é o que faz esse filme especial e merecedor do quase-topo da lista. Preparem os lencinhos, ladys!

Últimos tempos:

Por uma vida melhor (Away we go - 2009)

  Um casal grávido (haha) a procura de um novo lar: Away we go é basicamente isso. E com certeza você está se perguntando: como um filme com esse título (olha a tradução desanimadora aí de novo) e com essa sinopse pode ser recomendável? E eu te digo porque: há muito tempo que alguém não captava a essência de um relacionamento como nesse filme. Isso pode parecer um pouco duro já que 90% dos filmes hoje são sobre relacionamentos, mas é a pura verdade! A cada minuto do filme você se apaixona mais pelos protagonistas e descobre que não existe fórmula de felicidade e nem relacionamentos modelo, seja conjugal, familiar ou entre amigos. Vale muito a pena!

Laís

Para a vida toda:

O Rei Leão (Te Lion King - 1994)

  Não. Sério. Acho que não precisa DESCREVER esse daqui. Só sei que "Hakuna Matata" é lema de VIDA e que, se alguém me diz que não gosta desse filme, já sei que não é digna da minha confiança. Fim.

10 Coisas Que Eu Odeio Em Você (10 things I hate about you - 1999)

  Foi o primeiro filme que eu vi do Heath Ledger e do Joseph Gordon-Levitt na minha pacata vida e, bom, digamos que foi um ótimo começo. Amo o filme até porque é uma leitura moderna de um romance do Shakespeare que eu adoro, o "A Megera Domada". Sou perdidamente apaixonada pela cena do Patrick (Heath Ledger) cantando "Can't Take My Eyes Off Of You", pelo jeito bobo-romântico do Cameron (Joseph Gordon-Levitt) e pelas cortadas da Kat (Julia Stiles), sem contar o poema que ela recita no final, que só falta eu bordar cada palavra, enquadrar e pendurar na parede do meu quarto. Srsly.

Últimos tempos:

Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds - 2009)

  Cara, eu só tenho cinco coisas pra dizer sobre esse filme:

- Você não pode morrer sem ouvir o personagem do Brad Pitt (BRAD PITT, MENINAS. BRAD PITT), o tenente Aldo Reine, falando "Bon jorno". TRUST ME.

- "Say auf Wiedersehen to your nazi balls!" é o novo "Say hello to my little friend!".

- Se a II Guerra tivesse terminado assim, teria sido tão. Tão. TÃO mais digno.

- O Christoph Waltz ganhou um Oscar mais-do-que-merecido por seu personagem, uma autoridade do exército nazista, nesse filme.

- Foi dirigido pelo Quentin Tarantino.

  FIM.

Laura

Para a vida toda:

Moulin Rouge (2001)

  Moulin Rouge já é um caso de amor antigo, foi o primeiro musical que eu vi e gostei. Foi provavelmente a primeira trilha sonora que eu baixei. Eu fiquei em dúvida se o colocaria aqui, porque tenho mil filmes preferidos. Resolvi vê-lo outra vez, e minhas suspeitas foram confirmadas: ele com certeza está no topo da minha lista. Quer coisa mais linda que um escritor que se apaixona por uma "dançarina"? Quer coisa mais linda ainda, que ele cante para ela essa música? E além de tudo o filme não tem aquele final feliz esperado. É lindo e eu não me canso de ver.

Titanic (1997)

  Esse é provavelmente o filme mais previsível dessa lista. Todas as listas de preferidos sempre têm o famoso "Titanic" no meio. É aquele tipo de filme que tem mais de três horas, mas você não se cansa de ver. E chora exatamente nas mesmas partes. Como quando a Rose pula do bote e se encontra com o Jack na escadaria, e eles se abraçam enquanto ele a chama de idiota. Lembram? Eu sempre choro nessa parte. Bom, não tem muito o que ficar explicando sobre essa história. Acho que os 11 Oscars que ela ganhou falam por si mesmos, certo?

Do últimos tempos:

Férias Frustradas de Verão (Adventureland - 2009)

  "Adventureland" não é um grande filme, com atuações excepcionais e uma história loucamente bem elaborada, mas é um dos meus preferidos. Para começar, ele tem como uma das protagonistas Kristen Stewart, que é minha atriz favorita. Junto com ela, Jesse Eisenberg, que é no mínimo muito fofo (e entraria facilmente para uma coluna “get in my pants”). O filme tem toda aquela “vibe” anos 80, e a trilha sonora é a minha preferida de filmes. Sem contar as frases e diálogos ótimos, como a “And you should trust me, I’m a New Yorker.” É uma comédia romântica diferente do convencional, com personagens não muito clichês, e é definitivamente o filme que eu mais gostei de ver no último ano.

Mariana

Para a vida toda:

Nick & Norah- Uma Noite de Amor e Música (2008)

  A primeira coisa que me chamou atenção nesse filme foi o fato da música ser um personagem principal junto com o casal que dá nome ao filme. E eu amo música. De todas as formas. Seja ela descrita ou sentida por alguém (música foi feita para ser sentida, não só para ser ouvida).

  A segunda coisa, bem, duas palavrinhas: New York. Que ambiente seria melhor para ambientar um filme adolescente banhado a muita música indie? Além dessa linda cidade cosmopolita que faz parte dos meus sonhos, os atores (tanto os que interpretam os personagens principais quantos os que interpretam personagens secundários), conseguem passar ao telespectador toda essência de ser adolescente, ser diferente, sentir todas as angústias da idade (ir para faculdade, terminar com o namorado, porres, brigas, etc) e ainda se divertir muito.

  O filme não é longo; não é cansativo; tenta, ao máximo, não apresentar muitos clichês e, mostrar, de forma sutil, que até os "punks" amam.

Elizabethtown (2005)

  A primeira vez que eu vi esse filme, olhei para o lado e meu pai estava chorando. Pois é. Você tem uma ideia, né?

  Segundo algumas fontes (lê-se Gabi) o filme não fez sucesso. Para ser sincera eu não ligo muito para isso, a falta de sucesso faz com que o filme seja mais "meu". Anyway, ele é lindo. De todas as formas que você possa imaginar. Choro sempre que o vejo (e eu gosto de filmes que me façam chorar) e fico refletindo sobre a história durante dias.

  Mas, o que eu mais gosto nesse filme é a interpretação da Kirsten Dunst. Sabe quando você vê um filme e sente o que o personagem tá sentindo? A Kirsten como Claire faz isso. E me impressionou. Ela e Orlando Bloom trabalham perfeitamente bem e fazem do filme um dos melhores que eu já vi (eu já vi alguns filmes, não muitos).

  Se você quer chorar, escutar boa música e sentir o ser humano da forma mais real, veja esse filme.

Dos últimos tempos:

A Jovem Rainha Vitória (The Young Victoria - 2009)

  Talvez você não tenha lido o "Get In My Pants" e por isso, não saiba que eu adoro ingleses. Sim, eles são meu sonho de consumo desde os 10 anos. Eu tinha que colocar um filme inglês nessa lista, certo? Não obstante, um filme de época, que retrata a história desse país que me fascina, ainda tem uma ótima atriz (a Emily Blunt é uma das minhas atrizes preferidas e fez um filme com o Rupert, é aquele inglesinho da coluna já citada) e uma maravilhosa trilha sonora. O que mais eu poderia pedir?

  "The Young Victoria" ganhou o Oscar de melhor figurino e, se isso ainda não é suficiente pra te convencer a ir aos cinemas assisti-lo, tem atores muito bonitinhos cheios de sotaque inglês.

  Para ser sincera, o que eu mais gosto nesse filme é a forma como a Rainha foi retratada. Nada daquela coisa de "ah, essa foi a melhor rainha da história do país, o povo sempre esteve ao lado dela". O filme mostra, sim, as "gafes" (abusando de eufemismos aqui) cometidas pela soberana e, o mais importante, a forma que ela dá a volta por cima e faz do reinado dela o mais longo da história da Inglaterra.

Bruno

Para a vida toda:

Pulp Fiction (1994)

Os acontecimentos dentro do mundo Gangster de Los Angeles, quantro histórias contadas com muita audácia do jeito que só Quentin Tarantino consegue fazer.

Se você gosta de diálogos inteligentes e humor ácido, não pode deixar de ver esse filme.

Scarface (1983)

  Que tal assistir um filme com média de um "fuck" a cada minuto e meio assistido, é isso aí. Com sultaque cubano, Al Pacino fez um dos seus mais memoráveis papéis.

  O filme é o extremo de violência e falta de pudor, afinal é o caminho que um homem leva pra chegar no topo da cadeia das drogas em Miami.

  Scarface é um daqueles que se encaixam no "Ame-o ou Deixe-o".

Do momento:

Kick-ass (2010)

  Mostra as desventuras de um garoto nerd e tosco que da noite pro dia decide se tornar um "super-herói", o problema é que ele não tem poderes, não é rico, e nunca passou perto de algum treinamento marcial. E essa é toda a magia da coisa, a forma com que o alterego de um garoto como eu, se torna a maior celebridade da cidade.

  Mesmo tendo tudo pra ser um Blockbuster-pra-família, o diretor preferiu se valer da violência em alto nível, chega a espirrar sangue da tela.

Por enquanto é isso, amigos da Rede Globo! Voltamos com mais listas no decorrer desse mês ;)

Por Isa