17 de dezembro de 2012


O Hobbit - Uma Jornada Inesperada

    Me lembro com emoção do dia, ainda no ano de 2011, que o telefone da minha casa tocou e era uma ligação de fora, de um colega que eu considero muito porém não via fazia algum tempo, era Pedro Filhodejacó (Peter Jackson para os menos chegados). Entre aqueles quase 50 minutos de conversa ele me disse que não poderia estar presente no momento tão importante pra mim, o dia que eu completaria meus 20 anos de vida, o meu aniver, mesmo tão cedo ele já sabia que sua agenda já estaria completamente preenchida, mas em compensação... eu prefiro redigir aqui as palavras (traduzidas) que nunca se apagarão da minha memória: "[...]Já conversei com os picas grossas da Warner e vamos lançar os dois filmes do Hobbit na semana do seu aniversário. Acho que não supre a minha ausência, mas já é um belo presente, não?". Ainda que chateado, aceitei o presente de bom grado, e eis que na última sexta, dia 14, aconteceu a tal première.
"eu gosto de Rock!"
    Agora vem a parte que eu escrevo e que eu consumi, digeri e achei do primeiro filme da (desnecessária) nova trilogia da Terra-Média:

    Os objetivos que levaram a esta nova adaptação, creio eu estarem mais ligados à ganância do que ao prazer de produzir uma grande obra. Prova disso é a decisão de transformar um livro de 300 e poucas páginas em 3 filmes (100 páginas por filme!!!!!!!!!!). Só leva em conta aê que cada um da trilogia do Anel tem em média 400 páginas.

    Tirando isso, a apreciação do filme é agradável a várias idades, por se tratar de uma história muito mais infantilizada, não que isso tire o seu mérito, de forma alguma. Martin Freeman se encaixou tão bem quanto Ian Holm na pele do Bilbo Bolseiro (só eu achei eles incrivelmente parecidos?), seu tom de sarcasmo e desdém inglês caíram como Um Anel no dedo. Outro que dá uma aula de interpretação é o astronomicamente talentoso Ian McKellen e seu Gandalf carismático como sempre.

    Os anões, assim como no livro são absurdamente caricatos, o que pode te incomodar se levar pro lado mais "realista" que são sujeitos o qual seu lar e tesouro foi tomado por um dragão sanguinolento. Desse grupo o destaque é do príncipe Thorin (Richard Armitage), os outros na maioria do tempo só servem pra arrotar e fazer umas piadinhas. E o que dizer da galãnização de Thorin e Kili????

"Tem uma banda na minha casa."

    Um dos mais notáveis erros do filme é não ter orgulho de sua identidade juvenil e por vezes buscar um clima sombrio que não lhe é natural, o que torna descontinuado. Outra falha é a inserção de cenas com o propósito descarado de encher linguiça, aquela do mago Radagast olhando cada cogumelo, cada animalzinho do floresta... é a hora certa pra procurar a pecinha do celular que caiu ou dar um beijo gostoso na sua paquera.

    A cena das charadas é o ponto alto do filme na minha opinião, comparar as formas como os hobbits Bilbo, Frodo e Sam interagem de formas diferentes com o Gollum é prazeroso e divertido (ainda dá tempo de elogiar o Andy Serkis?). Só acho que deveria ter menos luz naquela gruta.

    No fim das contas O Hobbit é um filme que diverte, para a tristeza de muitos é só isso mesmo que ele trás. Porém deixa a porta aberta para continuações que podem chegar muito perto da Saga da Anel.

    Há braços a todos.

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