14 de outubro de 2012


Boa tarde, nerds.


Meu post de hoje divide de uma vez por todas as pessoas em dois grupos bastante distintos. O primeiro se refere a nós, pessoas comuns (inteligentes, porém feias; bonitas, porém burras; nem tão bonitas, nem tão inteligentes; bonitas, inteligentes, porém pobres, etc etc), pessoas que têm que acordar de manhã e dar uma chorada por o cabelo simplesmente não dá jeito ou tomou pau em quinze matérias na escola/faculdade, não consegue arrumar um namorado decente, esse tipo de coisa. O segundo grupo é daquela galera que, por algum motivo, foi escolhida entre todos nós pra sugar toda a sorte que não temos, porque, não satisfeitas em ser bonitas, inteligentes, simpática, fofas, ricas, se vestirem bem, elas também cantam e tocam instrumentos maravilhosamente bem. E é nesse segundo grupo que se encontra Alison Sudol ou, como é mais conhecida, A Fine Frenzy.

Alison nasceu em setembro de 1984 (vem essa gente superdotada de novo), em Seattle, e cresceu ouvindo só coisa bem classuda, no nível das maiores rainhas do jazz, como Ella Fitzgerald, aprendeu a tocar piano sozinha e, como terminou o ensino médio antes da hora, aos dezesseis anos, decidiu dar uma folga de dois anos a si mesma pra poder se descobrir na música. É.
Ela não apenas se interessava muito por música, mas também por literatura e foi de um verso de Sonho de Uma Noite de Verão, de Shakespeare, que ela tirou o seu "nome de guerra" ("The poet's eye, in a fine frenzy rolling, doth glance from heaven to earth, from earth to heaven").
Daí, ela mandou uma demo pra EMI, que chamou a atenção dum cara de lá, que contratou a moça logo que a viu tocar.


Existe um festival que une cinema e música que acontece toda primavera no Texas chamado South to Southwest, um negócio finíssimo, um dos maiores festivais dos Estados Unidos, e que já apresentou nomes como 50 Cent s2, Black Keys, Black Rebel Motorcycle Club, Blur, Bruce Springsteen, Strokes e por aí vai (dá só um bizu nas bandas). Em março de 2007, o A Fine Frenzy abriu o show de ninguém mais ninguém menos que os Stooges. Pouco depois disso, seu primeiro disco, One Cell in The Sea, foi lançado e virou queridinho da crítica.
Mais dois discos depois, A Bomb in a Birdcage (2009) e Oh Blue Christmas (também de 2009), dia 9 de outubro desse ano, ela lançou o Pines.


Conheci o trabalho dela quando ouvi seu primeiro single, Almost Lover, mas nem muita ideia, até que escutei seu cover de Fever, pra trilha sonora de Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada (Dan In Real Life, 2007) e aí eu saquei que precisava dar mais atenção pra ela.


Logo baixei seus discos e foi amor à primeira ouvidaapagar. Não, mas muito sério. Eu não costumo gostar de vocais femininos, eles me irritam facilmente, mas não tem como não se apaixonar por suas músicas doces e delicadinhas. E mais: no clipe de Happier, uma das minhas músicas preferidas dela, o cara que faz o macho que larga ela :'( é apenas o amor da minha vida (um dos muitos), Landon Pigg.


Sobre o Pines, não deixou absolutamente nada a desejar. Continua tudo lindo e te faz querer que a vida tenha edição de imagem e toque aquilo tudo na trilha sonora. Simplesmente não vejo como isso seja pedir demais.

Pra fechar o post com chave de ouro, eu gostaria de compartilhar com vocês o que torna a existência de Alison Sudol realmente insuportável pras outras pessoas: o cabelo dela.

Não contente em ter o cabelo ruivo laranja mais maravilhoso do mundo,
Não contente em ser provavelmente a única pessoa do universo que fica bem de cabelo vermelho,
A vadia me resolve virar loira e continuar incrível.
Fui ali chorar. Adeus.

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