14 de setembro de 2012



                Os Vingadores, Buffy a Caça-Vampiros, Firefly, Glee, Dr. Horrible's Sing-Along Blog, Astonishing X-Men, Toy Story, O Rei Leão 2, Velocidade Máxima, Waterworld, Alien: a Ressurreição, Titan A.E., X-Men, Atlantis, The Cabin in the Woods, Much Ado About Nothing, Angel, Serenity, Dollhouse, The Office, In Your Eyes, Capitão América, Fray, Sugarshock!, S.H.I.E.L.D., Veronica Mars, Robot Chicken, Twister, Runaways, Superman/Batman, Identity Crisis, Husbands. Você já deve ter visto algum de todos esses filmes, séries e histórias em quadrinhos. Mas você deve estar se perguntando: o que TODAS essas coisas têm em comum? A resposta, meus amigos, quem dará sou eu. E ela é... Esse cara:


                “Mas, Daniel, quem é esse?” Esse, meus caros, é o Joss Whedon. Ainda não entendeu quem é? Esse cara foi quem escreveu e dirigiu Os Vingadores, o filme adorado de vocês. É, você que gostou de The Avengers, o Joss é o responsável pelo seu agrado. Enfim, sigamos à biografia.
                Joss nasceu em Nova York e estudou na Faculdade de Winchester, na Inglaterra. Já foi chamado de “o primeiro roteirista da terceira geração da televisão”, por ser filho de Tom Whedon, escritor de séries de sucesso dos anos 70 e 80, e neto de John Whedon, por sua vez nos anos 50.
Desde o começo dos anos 90, Joss é roteirista, consultor e editor para a TV e o cinema; seu primeiro trabalho foi na série Roseanne, e, em seguida, contribuiu (muitas vezes, sem receber os créditos) para filmes como Velocidade Máxima, Twister e Waterworld. Mas foi em 92 que ele vendeu seu primeiro roteiro “solo”: Buffy, a Caça-Vampiros, o filme, um fiasco de críticas e bilheteria, graças à mão enorme e cheia de dedos da produtora, que queria uma película mais “amigável” à audiência. Anos depois, Joss fez parte do time de escritores de Toy Story e Alien: a Ressurreição (outro fiasco atribuído à produção). Mas foi aí que as mesas viraram...

Decidido a reviver o conceito de Buffy, Joss fez o primeiro reboot de sua carreira e lançou a série de TV que se tornou um sucesso cult e de críticas, gerou um spin-off (Angel) e ganhou uma indicação ao Emmy de Melhor Roteiro em 2000. Em 2002, Joss fez sua estreia numa emissora de estatura maior, a Fox, e lançou o “faroeste espacial” Firefly. Porém, com a divulgação errônea e, digamos, estúpida do canal, os números foram por água abaixo e a série foi cancelada após 11 episódios. Apesar disso, foi outro impacto cult, e, com o apoio dos fãs e dos estúdios da Universal, Joss fez sua estreia como diretor no cinema com Serenity (2005), continuação da série, que ganhou o Prêmio Hugo de 2006 como Melhor Longa-Metragem Dramático.
Joss ainda contribuiu com o tratamento de X-Men (2000) e Atlantis: o Império Perdido (2001). Em 2007, dirigiu dois episódios de The Office. Dois anos depois, tentou mais uma vez emplacar uma série de ficção científica pela Fox: Dollhouse. Embora tenha sido um pouco mais respeitada que Firefly, a série foi cancelada após duas curtas temporadas, por conta da baixa (ou seja, seleta) audiência.
Em 2008, Joss uniu-se a seus irmãos Zack e Jed e à esposa de Jed, Maurissa Tancharoen, dando origem a Dr. Horrible’s Sing-Along Blog, um curta-metragem de comédia musical com Neil Patrick Harris como protagonista. Outro sucesso, Dr. Horrible teve seus custos pagos só com as vendas de sua trilha sonora, apesar de esta ter sido lançada apenas no iTunes. No ano seguinte, Joss escreveu The Cabin in the Woods, dirigido por Drew Goddard e estrelado por Chris Hemsworth, Amy Acker e Fran Kranz, entre outros. Em 2010, dirigiu um episódio de Glee, e, em seguida, foi anunciado como o roteirista e diretor de Os Vingadores, cujo resultado todos nós sabemos.
Joss também estendeu-se às histórias em quadrinhos: suas quatro séries de TV foram continuadas no formato; Buffy e Angel ainda são sucessos de vendas para a Dark Horse. Além disso, Joss foi um dos roteiristas das 24 primeiras edições de Astonishing X-Men (título que foi recriado especialmente para ele) e de Runaways, também da Marvel. Na mesma empresa, contribuiu para Stan Lee Meets Spider-Man, Giant Size X-Men e Civil War. Numa breve passagem pela DC, introduziu a Identity Crisis e escreveu uma edição de Superman/Batman.

Um dos pontos fortes de seus trabalhos é o foco em personagens femininas fortes e independentes, exemplificado pela própria Buffy (Sarah Michelle Gellar), uma garota pequena e de aparência frágil, mas de personalidade forte e capaz de proteger a si mesma e a seus amigos, e pela Viúva Negra, interpretada por Scarlett Johansson. Outro aspecto que chama atenção é o seu estilo de diálogo: cheio de referências à cultura pop (claras ou não) e de “derrapadas” na língua inglesa, inspiradas por seu próprio modo de falar e pelas gírias californianas. Esse diálogo era muito presente em Buffy, e, apesar de não ter sido inédito (já se ouvia em Friends, por exemplo), acabou apelidado de “Buffy Speak” e “Slayer Slang”.
Enfim, já deu para perceber que Joss, ao longo de sua carreira, agradou a gregos, troianos e tudo mais e ainda tem muito mais a conquistar. Eu sou fã do Joss e espero ver e ler muitos outros trabalhos no futuro. E você, que decidiu acompanhar: os próximos lançamentos dele incluem uma adaptação de Much Ado About Nothing, de Shakespeare, In Your Eyes, uma série sobre a S.H.I.E.L.D. e Os Vingadores 2, em 2015.

Muito obrigado pela atenção e espero que tenham gostado. Até mais!

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