13 de agosto de 2012



Oie, amigos!
Hoje eu vim falar de música boa, de música muito boa.
Cês lembram desse cara?


Meu futuro marido? Sim, talvez. Ele é o Paul Banks, vocalista, guitarrista e letrista do Interpol. Interpol cês conhecem, né? Se não conhecerem, tão precisando duns tapas musicais nessas suas bundas quadradas de tanto ficar na frente do computador, twittando sobre a novela. Diz que Interpol é o novo Joy Division. Cê nem precisa ser um profundo conhecedor de música pra perceber que um pezinho lá na depressão do Ian Curtis e companhia limitada tem mesmo. Eles são associados à cena independente nova-iorquina e fazem parte do chamado post-punk revival, que, dizem, fazem parte Strokes, Arctic Monkeys, Franz Ferdinand e outros. Não que eu concorde com isso.
Daí, o que rola?, o Interpol tinha já três discos lançados (Turn On The Bright Lights, Antics e Our Love To Admire), todos aclamadíssimos pela crítica, o primeiro, inclusive, foi listado pela NME como décimo melhor disco de 2002 e em primeiro lugar pela Pitchfork Media dos cinquenta melhores discos daquele ano. Só que aí, em 2009, Banks sai da asa do Interpol e anuncia que vai lançar um disco solo. Não só sai da asa do Interpol como sai do seu próprio nome e vira Julian Plenti.


O álbum tem doze excelentes faixas em que é possível ver que a maçã não cai muito longe da sua árvore de origem, não. Foi comparado a um Turn On The Bright Lights misturado com Ok! Computer, o mais famoso disco do Radiohead.  Bom, mal visto é que não foi o trabalho do moço, né?
Em 2010, saiu o quarto disco do Interpol, que leva o próprio nome da banda. E foi um disco cheio de especulações em volta, porque, na gravação do Our Love To Admire, eles saíram de sua gravadora, a independente Matador, pra procurar uns caminhos maiores e tal, mas voltaram às suas origens nesse disco. Não deixaram a peteca cair e continuaram se firmando como uma das mais emblemáticas e expansivas bandas da versão 2 do pós-punk.
2011, aquele ano maravilhoso do pré-apocalíptico 2012, trouxe essa banda incrível até mim, no Planeta Terra. E, então, agora, nesse ano em que nos encontramos, Paul joga na roda o sucessor de Skyscraper e, em 12 de junho, Julian Plenti volta mais do que vivo.


O EP, de apenas cinco musiquinhas, sim é muito, muito diferente do trabalho do vocalista no Interpol. Com duas composições próprias e três covers, ele abre com Perimeter Deactivated, tema do filme The Running Man, seguido de Summertime is Coming, a mais sonoramente parecida com o Interpol. Mas o que vale mesmo destacar é a faixa número quatro, I’m a Fool to Want You, porque, POR FAVOR, ME DEEM A MÃO, é um cover de Frank Sinatra. Falaram por aí que foi o desempenho mais expressivo da carreira de Banks. Julian Plenti Lives... foi uma das maiores boas surpresas desse ano e reafirma que o frontman do Interpol é um dos maiores músicos de sua geração e, certamente, bastante eclético.
Só que não para por aí. Recentemente, ele resolveu abraçar seu próprio nome de volta e tem um disco novo previsto pra vinte e dois de outubro. Intitulado Banks, o disco vai ter dez músicas, incluindo a já citada Summertime is Coming e vai ter essa capa:


A faixa que abre o disco, The Base, é a única que já foi lançada e vocês podem conferi-la na íntegra aqui:


E baixá-la aqui, do site da Matador mesmo, de graça. Ó que coisa mais bonita!

E aí, o que acharam? Eu ainda estou em êxtase com todas essas músicas incríveis e to cheia de orgulho porque, ao contrário da maioria das minhas bandas preferidas, Interpol continua fiel às suas bases e Paul Banks experimenta, mas não tem feito muito menos pra perpetuar essa jornada incrível. Ian Curtis não podia ficar mais feliz por ter gente tão talentosa pra disseminar sua influência.

2 comentários: