8 de novembro de 2011


OOOOOOOOOOOOOO GENTE MARAVILHOSA QUE SEMEIA O WE LIKE NERDS DE ALEGRIA, como vocês estão? Estão tristes porque não conseguiram ingresso pra ir no Planeta Terra nesse sábado?



Não fiquem assim, meu pequenos, porque eu estive lá a mando do nosso blog (mentira, mas a gente finge que eu fui fazer cobertura) e vim cumprir a nobre missão de passar para você a minha visão de fã roxa e não essas críticas de jornalistas porque isso não tá com nada.


Se eu pudesse resumir em uma palavra todo o processo que envolveu o Planeta Terra, desde o dia que fiquei sabendo da vinda de Strokes pro Brasil até anteontem, quando eu cheguei na casa do meu tio às quatro da manhã, seria “sofrido”. Lembro direitinho de estar deitada no conforto da minha cama, quando meu celular vibrou com uma mensagem da Bellozi Mariana dizendo que Strokes viriam para o Brasil em 2011. Eu já estava preparada para isso. Desde que começaram as notícias de que eles lançariam um disco novo, comecei a juntar meus dinheiros para a vinda em iminência de Julian Casablancas e sua trupe. No dia desse anúncio eu já tinha mais de cento e cinquenta mangos bem guardados, pronta pra jogar na cara de qualquer vendedor de ingresso. Era só aguardar.


E aí, quando a tão esperada data saiu, eu já tinha mil coleguinhas dizendo que iriam comigo. Massa, eu iria ver Strokes ao vivo e com amigos, não tinha como dar errado, correto? Só que não.
No dia 7 de junho, era uma terça-feira, lembro-me bem, fui dormir tranquila, com o número do cartão de crédito da minha vó anotado na última página do caderno para poder comprar meu ingresso na aula.
Cheguei antes das oito no IAD, munida de meu notebook, e aí um tapa enorme na minha cara porque já estava no terceiro lote. (isso quer dizer que meu ingresso custaria SÓ cento e cinquenta reais, sem contar as taxas) Mil especulações de fãs na página do Terra no Facebook, todo mundo achando que tinha alguma coisa errada, hesitando em pagar mais do que esperavam, eu cuspi um “fuck the police” de lado e apertei o comprar.
Duzentos e quatorze, meu amigo, duzentos e quatorze. Duzentos e quatorze reais foi o número exato de reais que precisei mandar de uma vez só pra cobrir o ingresso e suas taxas. Duzentos e quatorze e mais dois litros de sangue, extraídos diretamente de meus olhos.


Remoí o número mil vezes na língua durante toda a minha aula de Integração Crítica das Artes. Valeria a pena, eu sei que valeria. Ligo, então, para cada um dos amigos que prometeram me acompanhar no show... e, de repente, cadê eles? De mil amigos, quase numa caravana louca uhul vamo lá galera, eu estava sozinha. Ninguém mais queria ir, ninguém mais queria pagar tanto pra ver Strokes e mais umas duas bandas que ninguém curtia muito.


Então, no final do dia, com uma parte minúscula do line-up confirmado, a manchete que fez famílias acabarem ao longo do Brasil: ingressos esgotados. Em outras palavras: FO-DEU. I mean, a notícia de que quase ninguém tinha conseguido comprar parece que acendeu uma chamazinha no coração de muita gente que acabou choramingando que tinha decidido que queria ir e tudo mais. Aí meus duzentos e quatorze reais já não pareciam uma quantia muito grande assim.
O tempo passa. Pessoas declaram sua inveja. Enfim, conheço um mocinho daqui de JF que vai também, GLÓRIA, GLÓRIA, ALELUIA!. Interpol confirma sua presença no festival. O mundo de várias pessoas cai. Sério, meu ingresso, do nada, começava a valer tanto quanto barras de ouro, que valem mais do que dinheiro, já dizia Silvio Santos e meu bolso não doía nem um pouquinhozinho mais.


O tempo passa rápido, novembro chega e a minha ansiedade, então, nem se fala. Eu tava morrendo de medo de acabar sozinha naquele festival, de não conseguir encontrar nenhum conhecido, de dar tudo errado, de ser uma merda... e só Deus sabe como eu posso passar disso


pra isso


em questão de segundos.
No entanto, deu tudo certo. Cheguei às dezessete horas e trinta e três minutos e consegui ficar a essa distância do palco

No final do show, eu parecia que tinha sido atropelada vinte vezes por treze carretas e quatro carroças guiadas por rinocerontes. Cheguei na casa do meu tio às quatro da manhã, olhei pro desastre que eu tinha virado e pensei "caralho, valeu muito a pena".

Agora que já acabei de falar sobre minha trajetória, vamos às minhas impressões dos shows.
Como vocês sabem, eram dois palcos: o Sonora Main Stage e o Claro Indie Stage. O primeiro iria receber as bandas maiores, como Strokes, Interpol e Beady Eye, e o outro, obviamente, as menores. Menores em termos, deixemos claro.
Assim que cheguei e encontrei meus bro, Alessandro e Foca, fui dar uma passeadinha, conhecer o território. A primeira coisa que eu posso te dizer é: nunca. Vi. Tanta. Gente. Bonita. Reunida. Num Lugar Só. Bitch, srsly, o que tinha ruivo de barba lá NÃO ESTÁ NO GIBI!


Antes de terminar o momento feminino, só quero dizer que é muito ruim ir em festivais desse tipo sem nenhuma menina porque não tem como surtar com os gatos. Ok, continuando.

O primeiro show que assisti foi o do

Garotas Suecas
(como vocês podem perceber, minhas fotos não ficaram as melhores do mundo porque disseram que não podia levar câmera profissional, então tive que carregar minha compacta que só sabe fazer fotos ruins, mas dá pra ter uma ideia, então pare de reclamar, rs)
que foi tipo assim MUITO FODA! Eu nem sabia cantar todas as músicas (ok, só sabia Eu, Codinome Dinamite e Bugalu, sou poser e falo que sou fã da banda, me deixem em paz), mas, caramba, os caras tem uma presença de palco muito forte. O trio que fica mais à frente (Guilherme Saldanha no vocal, Irina Bertolucci no teclado e Tomaz Paoliello na guitarra) são só a coisa mais amor do mundo todo. Quero muito ser a Irina, beijo tchau. O destaque do show ficou por conta do Jacaré. Sim, caro leitor, aquele que dançava no É O Tchan. Sem brincadeira, quando ele subiu no palco eu quis morrer, porque aquilo era mais foda do que eu podia aguentar.


Pra você não ficar pensando "o que diabos tem a ver o Jacaré com a história toda?", aí:


Mais foda que isso, só o seguimento de shows que viria a seguir, começando por

White Lies
Quando o Ian Curtis morreu, ninguém podia imaginar que sei lá quantos mil anos depois (HEHE) o Joy Division ia procriar com tanta força como tá acontecendo agora. Quer dizer, de uns tempos pra cá, apareceram mil filhotinhos como Interpol (que vocês vão ver mais à frente), Vaccines e Cinematics. Um desses rebentos que trazem o baixo super marcado, guitarras harmonizadas (peguei o termo no Wikipedia mesmo, foda-se) e aquela voz em baixo-barítono (se eu tiver falado errado, não me julguem, não entendo nada, só escrevi o que tava no Wikipedia :~~~~~~~ mas vocês sabem o que eu quero dizer, é aquela voz super arranhada e talz) é o White Lies. Quando meu amigo Gui me passou dois discos da banda (sei lá se eles têm mais), ouvi um e torci o nariz. DEPRESSÃO MANDOU UM BEIJO NUM SOU OBRIGADA A OUVIR AQUILO NESSE MOMENTO TÃO BOM DE MI VIDA. Até que vi a banda ao vivo. Não sei bem explicar o que houve, o vocal é super comunicativo com a plateia, a banda tava super em sintonia e até a depressão não me pareceu muito depressiva. Foi, de fato, um dos melhores shows da noite. (aguardem, farei um ranking no final do post)

Daí, acabou o White Lies e eu fui comer/fazer xixi porque depois do show que se seguiria viria o triplo de Interpol, Beady Eye e Strokes e eu ficaria lá na frente nem que tivesse que agredir alguns transeuntes.


Na volta, me deparo com uma coisinha muito simpática no palco chamada

Broken Social Scene
Bom, pelo menos foi muito simpática nas primeiras três músicas que assisti, porque já pro final do show as músicas duravam noventa minutos cada e a última eles terminaram umas três vezes. Sem brinks. E eu, que já tava querendo morrer de ficar em pé/ansiedade, tava quase subindo no palco e mandando samenina aí ir dar uns jeitos nas cabela que ninguém usa esse penteado.

Enfim, depois de um terceiro término da última música, a banda sai do palco pra dar lugar à tão esperada

Interpol
Paul Banks aparece no palco e meu coração para. Eu sabia que gostava de Interpol, não sabia que gostava tanto. Eles entraram sorrindo, sorrindo muito, como se não pudessem conter a felicidade de estar ali. Eu não podia conter a minha. O segundo show mais esperado por mim acabou sendo o que mais valeu todo o dinheiro desembolsado pra chegar até ali.




No meio da apresentação do Interpol, percebi que eu tinha ficado num estado de quase-alfa até então, eu segurava uma mão na outra em cima do peito, como numa oração. De uma certa forma, era mesmo.
Eles não tocaram Specialist, minha preferida, mas compensou com as execuções incríveis de C'Mere, Obstacle 1 e Evil. Eu só não podia esperar que a voz de Banks, linda nas gravações pudesse ser ainda mais maravilhosa ao vivo. Foi surpreendente e... ahr!

Chegando ao quase extremo do meu cansaço, já eram onze e pouca da noite, eu já estava naquele lugar há seis horas, parada no mesmo ponto na frente do palco há mais de duas e louca pros Strokes subirem logo para eu poder ir pra casa dormir, assisto antes ao

Beady Eye
Eu ainda não tinha ouvido nada de uma das bandas que surgiram da desintegração do Oasis (todos em prantos), mas me surpreendeu. Disseram que o Liam errou mil letras, mas, pra mim, não fez diferença, não conhecia nada mesmo. Enfim, achei o ritmo das músicas mais os refrões e estrofes que ficam ressoando na cabeça super divertidos. Provavelmente teria curtido mais, não fosse o cansaço e a sede.
PS: o Liam é tão, mas tão, mas tão, mas tão lindo que me deu vontade chorar, não estou brincando. Vou reservá-lo pra um próximo GIMP coroas.

E, por fim, o show mais esperado da noite... Com vocês,

The Strokes
(ETA BRAÇO PELUDO MARAVILHOSO! Essa era a única foto que aparecia relativamente a banda toda, daí.........)
Todo mundo estava super civilizado em todos os shows, foi o Strokes aparecer pro negócio ficar complicado. Devo ter engravidado umas quinze vezes de tanta subição de gente uma na outra pra tentar ficar o mais perto possível do Casablancas ou sei lá de quem você mais curte na banda. (FAB LINDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

)

Falar em Fab Moretti, preciso dizer, claro, que ele é só, sem exagero algum, o homem mais lindo do Planeta Terra. (HEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEH MAS QUE TROCADILHO INFAME) Não, sério, eu acho que nunca vi um homem tão bonito na vida. Eu poderia ficar mais 20823723809712983843983090827 linhas falando da beleza estonteante do baterista brasileiro dos Strokes, mas vocês me chamariam de repetitiva, desesperada e chata, então só vou dizer que ele é tão lindo que eu me venderia como escrava branca se ele me quisesse pra lavar as cuecas dele.

Você consegue ver ele rindo? COISA MAIS LINDA, VEM CÁ!
De volta aos outros membros da banda, a gente não pode deixar de falar que o Julian virou uma porca gorda brega. Quer dizer, FILHO, VOCÊ TENTOU MESMO DISFARÇAR SUAS BANHAS COM AQUELE MOLETOM?????????? Juju tava errado em tantos níveis diferentes que eu nem consigo dizer. (mentira, consigo sim, mas não quero trazer a fúria de Misses Bipolares da vida) Então simbora comentar que o Nikolai tava muito amor de super-herói (ele é uma criatura tão à parte do mundo, que não tem como não gostar dele, minha gente), que o Albert é gato (
sim, senhoras e senhores, o ALBERT É GATO!!!!!!!!!!!!!!) e o Nick criou vergonha na cara e cortou o cabelo e tava mancandinho, nhom nhom. Aliás, o Nick me deu a foto do show que eu mais curti:

Anyways, comentários sobre cada membro da banda feitos, o show foi muito bom. Também disseram que o Juju errou mil letras, mas eu mal sei cantar as músicas do Los Hermanos em português, você acha que eu lá vou saber quando ele errou em inglês? Mentira, em algumas horas eu reparei mesmo que ele tava errando, mas, ahr, paciência, eu tava muito na pilha pra me ligar nisso. Achei amor quando o Julian tentou falar português e a banda super interagindo entre si (Julian gay encoxando o Albert, pra variar) e eles tocaram poucas músicas do Angles, o que foi ótimo pra mim. A maior parte do show foi dedicada mesmo ao Is This It, como era de se esperar, e a segunda música foi Heart In a Cage, que era a que eu mais queria. O ponto negativo foi que eles demoraram muito pra entrar, como se já não tivesse foda o suficiente lá no meio da plateia.
Mas, num balanço geral, valeu a pena esperar tanto tempo por um show dos caras.

Agora, como prometido, um ranking de melhores shows:

SEXTO LUGAR: Broken Social Scene

QUINTO LUGAR: Beady Eye

QUARTO LUGAR: Garota Suecas

só aproveitando a deixa do É O Tchan, queria compartilhar com os amigos que um trocador de ônibus lá de São Paulo muito parecido com o Cumpadi Washington me cantou :~ é isso que eu consigo arrumar, minha gente, vai vendo, rs /fim do meu desabafo

E agora, no pódio do Planeta Terra,

MEDALHA DE BRONZE: The Strokes

sorry, guys!
MEDALHA DE PRATA: White Lies


E, em primeiríssimo lugar, levando a MEDALHA DE OURO We Like Nerds de show foda: Interpol!


É isso, garotada, desculpa o post enorme, mas o Planeta Terra merecia.
Não concordou com alguma coisa? Reclame com Deus. BRINKS, estamos aguardando suas opiniões, logo mais abaixo no link COMENTÁRIOS!

Té mais, bichaiada!

6 comentários:

  1. Bitch, srsly, o que tinha ruivo de barba lá NÃO ESTÁ NO GIBI! MEU BOM JESUS, CUT MY LIFE INTO PIECES. APENAS.

    AMO a Zuda porque até hoje ela é a única fã de Strokes que eu conheço que não fica disfarçando e fala as coisas na cara -ou quase- do Juju. AEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!

    glad you had fun <3

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  2. lindo post, mas guarde seus pudores/dignidades que sobraram para perdê-las no lollapalooza aka lugar onde minha vida irá ao infinito e além e será despedaçada. (strokes>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>"juju")



    @hugaoz

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  3. que tristeee!! nao achei q strokes ficaria com o bronze! ):
    (se vc gosta tanto e mesmo assim ficaram neste lugar deve ter sido uma droga mesmo HAUAUHAUHA)

    e nao posso deixar de comentar q adorei:
    "a gente não pode deixar de falar que o Julian virou uma porca gorda brega."
    VERDADE HUAUHAHUAUHAHUHAU

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  4. ETA JESUS.
    Preciso dizer que achei esse post a coisa mais abençoada do universo? MULTIPLICA SENHÔ.
    btw, amei o gif de fight club, e mano, JACARÉ FTW

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  5. Não, gente, o show dos Strokes não vou uma merda, é só que os outros foram melhores!

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