We Like Nerds

Boa tarde nerds!

        Eu sou a Laura e hoje vou tomar um pouquinho do tempo de vocês para falar sobre leitura, algo que com certeza vocês gostam (ou não?) e bom, eu também. Todo mundo sabe da importância dos livros nas nossas vidas, então se eu falar sobre isso nessa introdução, vou soar extremamente clichê e tudo vai ficar muito chato. Mas fato é que eu não posso deixar de falar mais um pouco sobre o livro de hoje, que é um dos meus preferidos. Quase todos não fazem a mínima ideia de sua existência, então eu acho justo dividir essa história com vocês, apesar da minha possessividade com as personagens que não vem ao caso no momento. Além do mais, quem sabe depois disso eu não vou ter a oportunidade de discuti-lo com mais algumas pessoas? Então, vamos ao ponto: o livro de hoje se chama Before I die (Antes de morrer no Brasil), e eu achei interessante colocar alguns trechos dele pra que vocês possam entender um pouco mais sobre o que eu estou falando.

        

                            

         Acho justo começar falando sobre Tessa Scott, que tem 16 anos e é a personagem principal desse livro. Aposto que você está pensando que ela é uma adolescente normal, provavelmente com um namorado vampiro que se esforça o tempo inteiro pra não sugar seu sangue, certo? Se sua resposta for sim, você está errado. “Antes de morrer” apareceu muito antes dessa onda de namorados vampiros. Tessa é sim uma adolescente normal, até você descobrir que ela tem câncer e fez uma lista com todas as coisas que quer fazer antes de morrer. Sexo, estrelato, drogas... Bom, isso não corresponde nem à metade dos desejos que ela escreveu na sua parede.

        “Por quanto tempo vou conseguir adiar isso? Não sei. Tudo que sei é que tenho duas escolhas: ficar enrolada em cobertores e começar a morrer, ou refazer a lista e começar a viver.”

 Agora você pode estar pensando que essa é só mais uma história clichê que apela para o drama o tempo todo. Eu sei, eu também pensei assim.  E me surpreendi. Me surpreendi porque o que era para ser mais só um livro triste, me proporcionou muito mais. Não só me prendeu até o final como também me fez morrer de rir, e devo acrescentar, me ensinou algo. Gosto quando livros me fazem pensar e mudam meu ponto de vista sobre alguma coisa. Foi impossível não me encantar com a força de Tessa e sua capacidade de fazer piadas sobre si mesma até nas piores situações. Impossível não rir de suas ideias mirabolantes e atitudes imaturas. A história mostra sim todo o drama dessa terrível combinação de adolescência e câncer, e como ela tem que perder todos os momentos que poderiam ser os melhores de sua vida. Afinal, a garota troca a escola, muitos amigos e uma vida normal e saudável por dolorosos tratamentos numa cama de hospital. Mostra o sofrimento que une seus pais e seu irmão mais novo. Mostra todo o lado escuro, porque ele existe. Mas não exagera em nenhum momento. Aliás, é tudo tão real, “nu e cru”, que chega a doer algumas vezes.

        “Não é que eu tenha decidido ser corajosa. Não se trata de nenhuma resolução de Ano Novo. É só que estou com uma agulha espetada no braço e já perdi vários dias da minha vida deitada em uma cama de hospital. De repente, as coisas importantes parecem muito óbvias.”

Por vezes me senti na pele de Tessa, vendo tudo por seus olhos, tentando me colocar em seu lugar. É encantador ver como ela passa a viver seus dias no maior estilo “Carpe Diem” de ser, dizendo tudo o que pensa e fazendo tudo o que quer simplesmente porque não quer ir embora e deixar algo para trás. Li em algum lugar que esse livro é daqueles que marcam e ficam bem guardados na estante para que um dia você possa encontrá-los e se emocionar do mesmo jeito. Concordo.

        E você, menina: duvido que você também não se apaixone por Adam, namorado de Tess. “Antes de morrer” não é uma história feliz e Adam não é um príncipe encantado, mas suas atitudes, palavras e sentimentos fortes e reais batem qualquer garoto de contos de fadas.

        “Eu acredito sobretudo no caos. Se os desejos virassem realidade, os meus ossos não doeriam como se todo o espaço dentro deles houvesse se consumido. Diante dos meus olhos não haveria uma névoa que eu não consigo dissipar. Mas ver Adam subindo o caminho parece uma escolha. O universo pode ser aleatório, mas eu posso fazer algo diferente acontecer.”

        E no final, a “menina com câncer” acabou se mostrando um grande exemplo de força, e o “livro triste”, um diário cheio de sentimentos e palavras de verdade. Vale a pena rodar sua cidade pra achar esse livro e vale a pena fazer seus olhos arderem de tanto ler no computador. Valeu pra mim, isso eu posso garantir.

Então é isso, espero que agora você vá correndo atrás dessa história incrível de Jenny Downham e deixe Tessa Scott se tornar uma de suas heroínas da ficção, assim como eu deixei. 

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Por Laura.